Para quem foi à Orla de Pajuçara, no dia 01 de janeiro, viu que o cantor Bell Marques arrastou uma multidão pela passagem do ano novo. No mesmo evento, o prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), também aproveitou a oportunidade para anunciar as atrações do festival Verão Massayó.
Quem não lembra que, em dezembro de 2023, após o caso da Mina 18 – Braskem, o prefeito de Maceió foi criticado – duramente – pelo acordo com empresa de mais de R$ 1,7 bilhão. As críticas – que até então eram elogios – se tornaram constantes em publicações do gestor nas redes sociais.
O interessante é que o público que critica é o mesmo que reverenciou JHC (basta clicar nas redes sociais) na festa com Bell Marques e Beija-Flor – a escola de samba carioca que levará Maceió para a Marquês de Sapucaí com caixa de R$ 8 milhões dos cofres públicos.
JHC foi bem recebido na orla da Ponta Verde, recebeu elogios e o carinho de quem esteve presente para o show do ex-Chiclete com Banana. Ou seja: se for para fazer festa, trazer bandas nacionais, realizar shows e eventos na capital alagoana, o prefeito é bom e o povo está satisfeito. Logo, então, não reclamem quanto às decisões políticas diante dos gastos públicos.
Afinal, apesar das festas e eventos que são importantes para geração de emprego, renda e girar a economia local, não podemos esquecer o Caso Braskem (antiga Sal-gema em Maceió) em que foram destruídos os sonhos de milhares de maceioenses.
Em tempos de afundamento dos bairros da região do Mutange, Bebedouro e Farol, por exemplo, o que vale é fazer a animação da população, todavia, não esqueçam que muitas famílias estão sem receber o que é devido pela Braskem o ano todo.
Por fim, eis a pergunta: A culpa é de quem?
É isto!
Fonte – Blog do Kleverson Levy