03/04/2024 às 11h45min - Atualizada em 03/04/2024 às 11h45min
Prefeitura de Maceió negligencia prédios no Centro enquanto realiza obra sem autorização em área do Estado
Enquanto destina mais de R$ 2,9 milhões à CNEC para realizar obras sem autorização em uma área do Estado, a gestão do prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), mantém dois grandes imóveis abandonados no coração do Centro de Maceió. Esses edifícios, adquiridos por mais de R$ 10 milhões, foram comprados pela Prefeitura de Maceió com a intenção de abrigar um novo centro administrativo, visando comportar o gabinete do prefeito, secretarias municipais e órgãos da administração pública.
No entanto, nove meses após a aquisição, os prédios Palmares e Ary Pitombo continuam desocupados e em estado de abandono. Em meio à ausência de iniciativas para revitalizá-los, os imóveis tornaram-se alvos de vândalos, restando agora apenas suas estruturas básicas. Nesta terça-feira (2), a equipe de reportagem esteve nos locais e constatou que não há indícios de obras em andamento.
A compra dos edifícios, que pertenciam ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), foi realizada em julho de 2023, totalizando um investimento de R$ 10.072.000,00. As autorizações para aquisição foram publicadas no Diário Oficial da União em 29 de maio do mesmo ano, evidenciando o compromisso assumido pela administração municipal.
A omissão em revitalizar esses prédios levanta questionamentos sobre a eficiência da gestão municipal e a correta aplicação dos recursos públicos. Enquanto isso, a Prefeitura de Maceió está envolvida em uma polêmica relacionada à realização de obras na área do antigo prédio da rodoviária da cidade, no bairro do Poço, sem a devida autorização. Essa situação contrasta com a falta de ações concretas para reverter o abandono dos imóveis adquiridos no Centro da cidade.
Diante desse cenário, surgem críticas quanto à priorização de investimentos e à transparência na gestão dos recursos municipais. A população de Maceió espera esclarecimentos por parte da prefeitura sobre o motivo pelo qual esses prédios permanecem negligenciados, enquanto verbas significativas são destinadas a empreendimentos sem a devida autorização legal.
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