“O caso que envolveu o irmão do prefeito JHC é um exemplo de instituições que falharam em proteger a vítima e, possivelmente, a influenciaram a desistir de denunciar, como é comum nesses casos. Quando as instituições não protegem as vítimas, estão apoiando o agressor e perpetuando a violência”, declarou a AMADA em comunicado ao Jornal de Alagoas.
Olga Tatiane, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, destacou a importância de abordar o caso de Dr. JHC, ressaltando que muitas mulheres são coagidas a silenciar diante de pressões sociais.
“É um absurdo o que aconteceu com essa moça, que foi pressionada ao ponto de silenciar. Nossa postura é de que o caso seja investigado com seriedade. Isso ocorre com muitas mulheres, sendo pressionadas por familiares, igrejas, autoridades ou minimizadas, o que pode, infelizmente, levar ao feminicídio”, afirmou Tatiana.
A nota da AMADA reforça a necessidade de aplicação efetiva da Lei Maria da Penha para proteger as vítimas e combater a violência contra a mulher, destacando a má utilização de recursos e influências que muitas vezes revertem a lógica de proteção.
O Caso:
Em 18 de novembro, a dentista Isadora Martins ligou para o serviço de emergência 190, relatando uma briga com Dr. JHC, onde afirmou ter sido agredida e jogada ao chão. O incidente envolvendo o irmão do prefeito de Maceió se desenrolou com portas arrombadas e o acusado trancado em um quarto. Após horas, Dr. JHC, acompanhado de sua mãe, ex-senadora e militares, compareceu à Central de Flagrantes. A vítima, Isadora Martins, entrou pelos fundos da Central, negando as agressões mesmo com áudio gravado e evidências visuais.
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