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21/12/2019 às 11h12min - Atualizada em 21/12/2019 às 11h12min

Filipe Luís vê Liverpool superior a Flamengo no Mundia

Folhapress
Reprodução/GáveaNews

Entre todas as declarações de Jorge Jesus como técnico do Flamengo, uma das que mais chamaram a atenção foi sobre como os grandes do Brasil se sairiam nos maiores campeonatos da Europa. Antes mesmo de ganhar a liga nacional e a Libertadores, ele disse que a equipe seria um dos times campeões.

Filipe Luís atuou por 15 anos na Europa. Disputou duas finais de Champions League pelo Atlético de Madri (ESP). Passou também por Ajex (HOL), Real Madrid B (Espanha), La Coruña (ESP) e Chelsea (ING). Ele concorda com Jesus. Com um período de adaptação, o Flamengo que decide o Mundial neste sábado (21), contra o Liverpool, em Doha, poderia ser campeão na Europa.

"Qualidade para isso nós tempos, mas precisaríamos de um período de adaptação porque o jogo lá [na Europa] tem outra velocidade, é muito mais intenso", diz o lateral esquerdo em entrevista à Folha de S.Paulo antes da decisão.

O desgaste físico de Filipe Luís é um dos motivos de preocupação para a comissão técnica. Ele fez 43 jogos nesta temporada. Embora tenha sido irregular no primeiro tempo contra o Al-Hilal (ARS) na semifinal no Qatar, sua experiência é vista como fundamental para uma partida como a deste sábado.

 

A vitória sobre o Liverpool seria a confirmação de um projeto feito pelo próprio Filipe ao chegar ao clube, no início do ano. A missão do elenco, segundo ele, seria recolocar o clube em um patamar internacional. Algo que ele não vive desde 1981, quando derrotou o mesmo Liverpool para conquistar o que então era chamado como Copa Intercontinental mas é reconhecido pela Fifa como mundial.

"Estamos conseguindo realizar coisas importantes e entramos para a história com essas conquistas [o Flamengo ganhou Brasileiro e Libertadores]. Não sei se é missão cumprida. A cada objetivo que atingimos aparece um novo, mas o que fizemos até agora é muito especial", completa.

Ganhar do Liverpool representaria também uma recuperação de todo o futebol sul-americano, que se tornou freguês nos últimos anos dos europeus. São seis derrotas consecutivas dos filiados da Conmebol desde 2012, quando o Corinthians derrotou o Chelsea.

Embora Jorge Jesus tenha um discurso para diminuir esse abismo, Filipe Luís vê que a diferença é grande. Ele não menciona o assunto, mas o Flamengo em que atua pode ser visto como uma exceção à regra pela qualidade do elenco que conseguiu formar.

 

"É diferente, não tem como negar. A Europa é o centro financeiro do futebol, o vencedor da Champions League é o time a ser batido, é o campeão do torneio mais forte. Viemos para o Mundial entendendo essa superioridade e preparados. Temos o lado mental, que é muito importante, a concentração, o foco o tempo inteiro. Trabalhamos isso no dia a dia dos treinos", lembra.

A lembrança disso aconteceu na final da Libertadores e na semifinal no Qatar. Duas partidas em que o time jogou mal no primeiro tempo, ficou em desvantagem e conseguiu se recuperar. No torneio continental, em Lima, diante do River Plate (ARG), foi de forma dramática, com dois gols a partir dos 43 minutos da etapa final. Contra o Al-Hilal, o 3 a 1 foi mais tranquilo.

Os 90 minutos (ou 120, se o tempo normal terminar empatado) poderão ser o capítulo final de um ano que Filipe Luís sonhava ser possível, mas que os vários percalços de uma longa temporada poderiam atrapalhar.

"Eu me considero um cara de sorte pela minha carreira e pelo que conquistei por onde passei. Todas têm sabor especial, mas fazer parte deste momento do clube é gratificante demais."

Ele conquistou o primeiro título continental da carreira no Flamengo, equipe que também pode lhe dar o primeiro mundial.


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