29/01/2020 às 21h13min - Atualizada em 29/01/2020 às 21h13min
Filho de policial é deixado de castigo em garagem e morre
Menino de oito anos morreu de hipotermia e tinha machucados no rosto e na cabeça. Ex-mulher de policial havia denunciado o homem por abuso
- R7
Um policial de Nova York e sua noiva foram presos depois que o filho de oito anos do homem foi posto de castigo na garagem de casa e morreu de hipotermia.
Segundo o jornal The Washington Post, a polícia local respondeu a um chamado na casa e encontrou Michael Valva fazendo massagem cardíaca no filho e disse que o menino tinha caído na garagem antes de ir para a escola e perdeu a consciência.
O menino Thomas foi levado ao hospital, onde morreu. Os investigadores dizem que o menino estava com 24°C quando chegou e que a história do pai rapidamente se contradizia, já que o menino estava com machucados no rosto e na cabeça, o que era “inconsistente” com a história apresentada pelo pai.
Valva, de 40 anos, e a noiva, Angela Pollina, de 42, foram presos por assassinato em segundo grau sob a acusação de “criar grave risco para a morte da criança”. A polícia do condado de Suffolk aponta que a garagem estava a -7°C na noite da morte de Thomas e a causa da morte foi hipotermia.
Os investigadores encontraram também vídeos e áudios feitos pelas câmeras de segurança na casa da família, que os pais de Thomas usavam para vigiar as seis crianças, e viram Thomas e um de seus irmãos estavam tremendo no chão da garagem e estavam sem travesseiro, colchão ou cobertor.
Valva e Pollina se declararam não culpados pelo crime e vão ficar na prisão sem direito a fiança.
Além de Thomas, Valva é pai de mais dois meninos, de 6 e 10 anos, e Pollina é mais de três meninas. Todas as crianças foram tiradas de casa e colocadas em um “ambiente seguro”, diz o jornal.
A ex-mulher de Valva, Justyna Zubko-Valva, havia denunciado o homem antes e o acusou de abuso e maus-tratos. Ainda não se sabe como o policial conseguiu a custódia de todos os três filhos em 2017.
Pelo Twitter, Justyna postou um relatório de um psicólogo e um professor de educação especial dizem que duas das crianças estavam indo para a escola sujos e com fome e que Valva e Pollina “não entendem a profundeza” do autismo das crianças.
Investigadores acreditam que Thomas e o irmão estavam sem comer e forçados a ficar na garagem como castigo.