Finalmente, pesquisadores acreditam ter confirmado o real motivo da extinção dos dinossauros. Até a década de 1980, a hipótese central trabalhada era de que erupções vulcânicas ou outra calamidade global tivesse sido o principal motivo da morte dos animais.
Contudo, a poeira de asteroide encontrada na cratera do impacto pode dar mais respostas para o evento. As conclusões dessa análise foram publicadas no último dia 24 de fevereiro, na Science Advances.
O estudo fez parte de uma missão do Programa Internacional de Descoberta do Oceano em 2019, coliderada pela Universidade do Texas. Os pesquisadores extraíram núcleos de rocha para a realização de pesquisas aprofundadas.
A cratera de Chicxulub
A cratera deixada pelo asteroide que extinguiu os dinossauros está localizada na Península de Yucatán, no Golfo do México. Chamada de Chicxulub, o buraco possui 200 quilômetros de largura, sendo parte localizado no mar e parte na terra. O elemento irídio encontrado lá é raro na crosta terrestre, mas está presente em níveis elevados em certos tipos de asteroides.
No estudo, os pesquisadores encontraram um pico de irídio semelhante em uma parte da rocha retirada da cratera. Para confirmar os resultados, a análise foi realizada por laboratórios na Áustria, Bélgica, Japão e Estados Unidos. Assim, conclui-se que há um nível muito alto de coincidência geológica, que não ocorre sem causa.
O impacto do asteroide
O novo estudo encontrou poeira de asteroide com uma impressão digital química correspondente dentro da cratera no local geológico que marca o momento exato da extinção. Assim, essa descoberta reafirma um cenário apocalíptico que levou à extinção dos animais.
Com o impacto do asteroide de 11 quilômetros de largura na terra, a poeira vaporizada circulou por todo o globo, bloqueando o sol e causando uma morte em massa durante um inverno global e escuro. O impacto levou à extinção 75% da vida da terra, incluindo todos os dinossauros não aviários.
Os pesquisadores estimam que a poeira levantada pelo impacto tenha circulado na atmosfera por algumas décadas, ou seja, da data do impacto até que todos os seres morressem de fome levou alguns anos. Os pesquisadores do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas e do Bureau de Geologia Econômica planejam voltar à cratera para recuperar mais material do asteroide e realizar novos estudos.