04/09/2024 às 14h44min - Atualizada em 04/09/2024 às 14h44min

23ª Feira da Reforma Agrária começa nesta quarta-feira

Evento reúne 150 agricultores familiares na Praça da Faculdade, em Maceió, entre hoje e sábado (7)

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150 agricultores dividirão o espaço, ofertando produtos saudáveis e livres de veneno a preço justo Foto:Mykesio Max

A partir desta quarta-feira (4), começa a 23ª edição da Feira da Reforma Agrária, na Praça da Faculdade, em Maceió. Promovido anualmente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o evento tem o objetivo de compartilhar com a cidade a produção dos acampamentos e assentamentos coordenados pela organização de luta agrária. A expectativa é que cerca de 500 toneladas de alimentos sejam comercializadas durante a atividade, que se estende até o próximo sábado (7).

Como forma de reconhecimento às pautas e ações promovidas pelos trabalhadores rurais, o governador Paulo Dantas sancionou, em 2023, a lei nº 8.945/2023, que incluiu no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Alagoas a “Semana da Feira da Reforma Agrária”, a ser realizada anualmente, no mês de setembro.

Para o diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária (Iteral), Jaime Silva, a valorização da agenda dos movimentos sociais reflete o compromisso do Governo de Alagoas com a reforma agrária e o desenvolvimento socioeconômico dos agricultores familiares.

“O Governo de Alagoas mantém um canal de diálogo aberto com os movimentos sociais e seguirá apoiando iniciativas que fomentem a inclusão produtiva de famílias acampadas e assentadas. A manutenção da paz no campo e o desenvolvimento das comunidades rurais passa, necessariamente, pela democratização do acesso à terra e a garantia de direitos aos pequenos produtores em situação de vulnerabilidade. Por isso, valorizamos muito a construção de um diálogo colaborativo com o MST e as demais organizações de luta agrária”, afirma o gestor da autarquia estadual.

De acordo com a coordenação do MST em Alagoas, 150 agricultores dividirão o espaço, ofertando produtos saudáveis e livres de veneno a preço justo. Mas a proposta do encontro vai além da comercialização das delícias trazidas diretamente do campo: debates, oficinas e atividades culturais diversificam a programação, possibilitando um mergulho dos visitantes na relação dos camponeses com a terra, estabelecida a partir de uma trajetória de resistência.