Ao que parece, o assassinato do empresário Adriano Farias, 32 anos, ocorrido na terça-feira (18), no município de Junqueiro, interior de Alagoas, pode ter tido motivações políticas. Ele é apontado como um blogueiro de política, mas a informação foi negada por familiares e amigos.
Ao CadaMinuto, uma amiga de Adriano, que pediu para não ser identificada, contou que ele não era blogueiro, pois tinha cerca de 500 seguidores no Instagram. Segundo ela, o jovem estava sendo acusado de administrar uma página de fofoca na referida rede social, chamada @albabados, a qual ele não tinha nenhuma relação. “A conta dele no Instagram era fechada, ele só tinha 400/500 seguidores", completou.
Ainda segundo a amiga do empresário, ele estava fazendo algumas postagens com criticas à Prefeitura, mas como um cidadão insatisfeito com algumas questões. Devido às postagens com criticas, Adriano estava recebendo ligações de pessoas o confrontando.
“Ele estava sendo exposto por questões políticas e recebendo ligações de pessoas que o estavam confrontando”, relatou a amiga.
Uma das postagens recentes feitas por Adriano foi a do chefe do gabinete da Prefeitura participando do saque a uma carga de eletrodomésticos de um caminhão, em um acidente ocorrido nessa segunda-feira (17), em Junqueiro.
Entre os vídeos com criticas à Prefeitura da cidade divulgados em seus stories, o empresário repostou um vídeo divulgado por uma emissora de TV, que mostrava o chefe de gabinete da Prefeitura no local e o repórter afirmando que não tinha conseguido um posicionamento da gestão municipal sobre o caso. Como legenda, Adriano postou: “A Prefeitura não responde nem a Justiça para fornecer os documentos. Imagina responder a cerca deste assunto! (SIC)”.
A amiga de Adriano relatou que no momento do crime, ele estava voltando da academia, por volta das 16h30. Já na rua da casa dele, um carro, modelo Jeep de cor preta, se aproximou do veículo e mais de 10 disparos de arma de fogo foram disparados contra ele, que não resistiu e morreu no local.
Adriano Farias era empresário, trabalhava comercializando terrenos. Ele deixa a mãe, que morava com ele, e uma filha de 8 anos.
“Ele era um amigo incrível, era ouvinte, conselheiro, sábio, a hora que ligasse pra ele, ele lhe servia! Era divertido, não bebia, não tinha vícios, era um homem de bem, íntegro, cuidadoso. Espero que localizem os autores disso e façam Justiça o mais rápido possível”, concluiu a amiga de Adriano.
O assassinato de Adriano Farias será investigado pela Polícia Civil. A motivação e autoria do crime ainda são desconhecidas.
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