Um acordo controverso entre a Braskem e uma empresa de Cuiabá para obras de mobilidade urbana em Maceió levanta suspeitas sobre possíveis influências políticas. Enquanto a MTSul, a construtora envolvida, opera em vários projetos da Braskem, incluindo demolições no bairro do Pinheiro sob a suposta autorização da Defesa Civil municipal, a Braskem se nega a fornecer informações sobre essa contratação.
Essa omissão, destacada em resposta evasiva à indagação do vereador Joãozinho Gabriel, levanta questionamentos sobre a possível proteção da Braskem ao prefeito João Henrique Caldas (JHC) e à MTSul. Vereadores de oposição a JHC suspeitam que a escolha da MTSul, próxima do sogro do prefeito JHC, possa ter sido influenciada pela primeira-dama do município, Marina Cândia, e pelo próprio prefeito.
Enquanto isso, a Braskem quebra o sigilo de um contrato privado ao revelar que pagou R$ 4,2 milhões à empresa de radiodifusão Costa Dourada, ligada ao senador e ministro dos Transportes, Renan Filho. Essa exposição gerou ameaças de processo por parte do ministro, evidenciando uma possível seletividade da Braskem na divulgação de informações sigilosas.
A situação levou o senador Renan Calheiros a liderar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a responsabilidade da Braskem. Enquanto isso, um acordo milionário entre a prefeitura de Maceió e a Braskem também está sob escrutínio, especialmente por coincidir com as eleições municipais.z
Esses acontecimentos ressaltam a necessidade de transparência e equidade nas relações corporativas e políticas, enquanto o debate sobre a responsabilidade das partes envolvidas continua a crescer.