Na luta em defesa da gestão democrática, o Sinteal esteve, na manhã desta quarta-feira (09), na Câmara de Vereadores de Igaci, para tentar impedir a aprovação de um Projeto de Lei que representa o fim das eleições diretas nas escolas do município.
“A gestão democrática é uma conquista da categoria, após árduas lutas. A participação da comunidade escolar no processo de escolha da direção, e até mesmo na construção diária da escola é fundamental para o desenvolvimento da educação, a volta das indicações políticas trz um prejuízo à toda a comunidade”, alertou Izael Ribeiro, presidente do núcleo regional do Sinteal Palmeira dos Índios.
Apesar da mobilização do Sinteal, os vereadores aprovaram o PL nº 3, de 7 de março de 2022, por 7 votos a 4. A iniciativa é do então prefeito Petrúcio Barbosa, que como autor do projeto propõe o fim da democracia nas escolas. A sessão ordinária em que foi colocado em pauta teve seu horário modificado, com o intuito de desmobilizar os profissionais da educação.
De acordo com Izael, “A sessão sempre acontece todas as semanas às 16h da quarta-feira, mas tomamos conhecimento de uma nota do presidente da Câmara aos vereadores, comunicando uma ‘mudança estratégica’ antecipando para as 8h da manhã, para que a casa não fosse ocupada pelos pelos profissionais da educação. A Câmara Municipal é a casa do povo, projetos como esse devem ser discutidos publicamente, a população deve ser ouvida, ao invés disso ficam desviando para não haver participação popular”.
O Sinteal esteve presente através da sua comissão municipal, e da dirigente do núcleo regional, professora Mércia. Ela solicitou espaço para se pronunciar e fazer a defesa da gestão democrática, mas não foi atendida.
Votaram contra o PL e a favor da gestão democrática os vereadores Valmir do Mauro, Neno Toledo, Edvaldo Filho, Altair Torres. Após a sessão eles receberam os representantes da categoria Jeneffer, Mercia e Luiz Henrique, e gravaram vídeos demostrando solidariedade.
“Infelizmente a Educação Igaciense sofre um grande retrocesso, mas estaremos indo buscar uma solução para que a Gestão Democrática Escolar permaneça”.
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