O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) assinou um termo de cooperação que prevê a disponibilização, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/AL), de cinco vagas de jovem aprendiz para serem ocupadas por menores advindos do Projeto Pavimentando Futuros, da 28ª Vara Cível da Capital.
O projeto encaminha para essa experiência jovens a partir de 14 anos que estão abrigados em entidades de acolhimento de Maceió, por não estarem sob a guarda da família. O presidente do TJAL, Klever Loreiro, destacou a importância social da parceria.
“É de um valor imensurável. A tendência do jovem sem trabalho, sem apoio, sem nada, é entrar para o crime. Infelizmente, essa é a realidade. Aqui no Tribunal, inclusive, tivemos alguns menores aprendizes que hoje são servidores”, disse o desembargador.
Já o presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Otávio Lessa, afirmou que poder ajudar esses jovens é motivo de orgulho. “Se as pessoas necessitam e você tem condições de ajudar, apoiá-las é uma obrigação do ser humano. As crianças e adolescentes são nosso futuro. Então, não é favor, é uma obrigação”, disse Lessa, acrescentando que o TCE pretende ampliar o número de vagas já em 2022.
A juíza Fátima Pirauá, titular da 28ª Vara, por sua vez, agradeceu ao conselheiro pela sensibilidade e explicou como a formação profissional é imprescindível para os menores acolhidos. “A partir de 14 anos, adoção é um ato muito difícil. Há um risco muito grande desses adolescentes completarem 18 anos e terem que ser desligados do abrigo, não estando prontos para ter autonomia”.
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