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19/12/2018 às 10h50min - Atualizada em 19/12/2018 às 10h50min

Em audiência, presidente do Google é questionado sobre privacidade de dados e nega viés político na empresa

Sundar Pichai respondeu a perguntas de legisladores em meio ao crescente escrutínio de empresas de tecnologia.

g1.com.br


Em meio ao crescente escrutínio de empresas do Vale Silício que utilizam dados de usuário, Sundar Pichai, presidente do Google, se apresentou pela primeira vez diante de legisladores nesta quarta-feira (12).

Em audiência realizada pelo Comitê Jurídico da Câmara dos Deputados nos Estados Unidos, ele foi questionado sobre:

    práticas de privacidade e violação de dados pessoais;
    a maneira como a empresa lidou com campanhas de desinformação para influenciar eleições;
    suposto viés político nos resultados de buscas;
    interesse em voltar ao mercado chinês;
    monopólio da plataforma

O executivo também foi questionado sobre violações de dados pessoais, depois que o Google anunciou que irá acelerar o processo de fechamento de sua rede social Google+, com a revelação de um erro que expôs dados de mais de 50 milhões de usuários. Pichai afirmou que o Google oferece um sistema que permite aos usuários ter controle e ajustar como seus dados são coletados pela empresa.

Apesar disso, grande parte da discussão entre Pichai e os congressistas se focou em acusações de que o Google usa sua rede de aplicativos e mecanismos de busca para suprimir vozes conservadores — uma alegação que o executivo negou com veemência. “Nós usamos uma metodologia robusta para refletir o que está sendo dito sobre qualquer tópico a qualquer hora. Posso assegurar que fazemos isso sem nenhum viés ideológico e político."

Durante a audiência, que durou 3h30, os congressistas republicanos focaram em questionar Pichai sobre acusações de que o Google teria uma preferência em deixar sites conservadores mal posicionados nas buscas. Para isso usaram evidências, como vídeos e e-mails vazados, de que engenheiros e funcionários da empresa tinham preferência ideológica.

Outros legisladores, acusaram a empresa de dar suporte a iniciativas que convocavam eleitores latinos a votar em estados-chave. Pichai negou qualquer viés na ferramenta de anúncios, afirmando que ela é baseada em oferta e demanda.

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Ele também respondeu a perguntas sobre a entrada do Google na China, um mercado que a empresa deixou em 2010. A preocupação dos congressistas é que a empresa jogue pelas regras chinesas e estabeleça censura nas buscas no país.

Pichai respondeu a essas perguntas afirmando que o Google é uma empresa que "nunca esqueceu suas raízes americanas". Ele acrescentou que a empresa gerou, nos últimos três anos, US$ 150 bilhões para a economia americana, criando 24 mil vagas de trabalho.

 
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