Álvaro Almeida, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), fez um forte apelo aos criadores alagoanos sobre a importância de cumprir o prazo para a declaração da vacinação contra a febre aftosa.
Almeida expressou sua preocupação com o índice atual de declarações, que atinge apenas 84,53% do esperado, ressaltando a necessidade urgente de alcançar a meta mínima de 90%.
“Até agora, atingimos apenas 84,53% das declarações, e o mínimo é 90%. Se não atingir vamos morrer na praia. Só temos hoje e amanhã. Sempre disse que só ganhamos o primeiro tempo até agora. Não podemos nos acomodar”, enfatizou ontem.
A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) compartilha da mesma súplica, pois entende a importância do setor pecuário para o fortalecimento da economia das cidades e a forte influência do mercado para a manutenção e criação de empregos. Registrando abaixo do estipulado, os produtores alagoanos poderão sofrer sanções comerciais que afetam diretamente na roda econômica dos municípios.
A maior preocupação de Álvaro Almeida é com a possibilidade de um retrocesso na classificação de Alagoas como zona livre da febre aftosa sem vacinação.
“Finalmente conseguimos avançar, mas é preciso que cada um faça sua parte para Alagoas não ser penalizado pelo Ministério da Agricultura”, apontou.
O prazo para a declaração se encerra nesta quarta-feira, dia 15 de maio. Os criadores têm duas opções para realizar a declaração: pelo sistema Sidagro-Produtor, de forma virtual, ou presencialmente em um dos escritórios da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).
A Adeal enfatiza a importância de não deixar a declaração para a última hora, lembrando que, além da documentação pessoal, é necessário apresentar a nota fiscal da compra da vacina.
A meta estabelecida pela Adeal é vacinar 100% do rebanho de bovinos e bubalinos de Alagoas, que totaliza cerca de 1,3 milhão de animais. De acordo com diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a cobertura vacinal mínima do rebanho deve ser de 90%.
Os criadores que não cumprirem o prazo de declaração ficarão impossibilitados de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA) e, consequentemente, de circular e comercializar os animais. Além disso, estarão sujeitos a penalidades previstas em lei, incluindo o pagamento de multas.
A falta de vacinação resultará em uma multa de dez Unidades Padrão Fiscal do Estado de Alagoas (UPFAL), enquanto a não declaração acarreta uma multa de 30 unidades.
ama-al