“Acabei de chegar da lagoa. Eles querem crescer, um morre, o outro fica por cima, insistindo, e não tem condições de sobreviver. A gente está vendo que esse sururu não foi morto por causa de molusco que veio da África, mas por causa da Braskem”, disse seu Dida.
Até mesmo uma garça foi encontrada morta dentro da lagoa. Segundo ele, nunca foi constatada a morte desse tipo de animal na região.
“Seria bom que o IMA fizesse exame nela para saber o motivo da morte, mas, por aqui, a gente nunca viu isso”.
Os pescadores afirmam que, após o rompimento, foi avistada uma camada branca dentro da lagoa.
"Ontem, quando houve o rompimento, saiu uma mancha branca, grande, que eu posso dizer que, daqui uns dias, vai se manifestar na lagoa, vai prejudicar o sururu, o marisco que está nascendo vai se acabar. A gente quer que eles tratem a lagoa e deem uma ajuda de custo para nós, porque há dois anos, o pescador está sem sururu na lagoa, trabalhando com outras coisas, mas não estão se mantendo porque nossa renda é o sururu. A lagoa é nossa riqueza", afirma o pescador Luciano Teixeira.
Outros pescadores ouvidos pela reportagem acreditam que a mortandade do sururu está relacionada ao rompimento da mina.
Equipes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) estão no local fazendo coleta para comparar com dados obtidos antes do colapso, a fim de ver os níveis de salinidade da água e outros impactos que estão acontecendo após o rompimento da mina.
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