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10/06/2019 às 22h39min - Atualizada em 10/06/2019 às 22h39min

Geólogo analisa mapa de risco dos bairros afetados por rachaduras em Maceió: 'Tragédia anunciada'

Documento indica retirada e realocação de famílias de parte dos bairros do Mutange e Pinheiro; Bebedouro também é afetado pelo fenômeno.

- Fonte: G1 AL
Novo mapa de risco - prefeitura de Maceió — Foto: Reprodução

Um especialista da Federação Brasileira de Geólogos avaliou o novo mapa de risco das rachaduras em bairros de Maceió divulgado pela Defesa Civil. Oswaldo de Araújo Costa Filho esclarece cada ponto do documento e faz um alerta: "Nós estamos diante de uma tragédia anunciada.


O novo mapa foi divulgado no dia 7 de junho. Nele, a Defesa Civil recomenda a realocação de famílias de parte do Pinheiro e do Mutange para outros bairros. As rachaduras também atingem o Bebedouro, mas não há recomendação expressa no momento para quem vive por lá.


Centenas de moradores do Pinheiro já foram retirados das áreas críticas, mas isso aconteceu antes da elaboração desse novo mapa. A Prefeitura de Maceió ainda não divulgou o plano para realocação das demais famílias que permanecessem nas áreas de risco, mas disse por meio de nota que trabalha para isso acontecer o mais rápido possível (veja abaixo a nota na íntegra).


"Eu avalio que o caso é de extrema gravidade, é gravíssimo. Tem que tomar providências urgentes. Nós estamos diante de uma tragédia anunciada. É uma população enorme e o número de casas é enorme também. É complexo", falou o geólogo.

Costa Filho afirmou ainda que a Federação acompanha o caso desde o início, e que a simplificação das informações é essencial para melhor entendimento da população sobre a situação.


"Tornei de uma forma mais acessível para a população. Fizemos uma interpretação bem simplificada do relatório, onde mostramos o mapa com as áreas, nomes das ruas para facilitar o entendimento", disse.


Diante do problema, o geólogo disse que as medidas devem ser tomadas o mais rápido possível. "A Federação sugeriu que fosse feita uma ação de urgência para a retirada dos moradores atingidos", ressaltou o especialista.

 

Responsabilidade

 

 

Após meses de estudos complexos na região, envolvendo dezenas de especialistas, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) concluiu que a principal causa para o surgimento das rachaduras nos bairros de Maceió foi a atividade da Braskem na região para extração de sal-gema, um tipo de cloreto de sódio utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC.


Em maio, uma reunião com advogados da Braskem e o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), Tutmés Airan, definiu que seria dado início às negociações com os moradores afetados pelas rachaduras após a divulgação do novo mapa de risco.


Nota na íntegra da Prefeitura de Maceió:


A Defesa Civil Municipal informa que as ações para realocação de moradores prevista no Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias estão sendo discutidas no Plano de Ações Integradas para Maceió – trabalho coordenado pela Defesa Civil Nacional.


O Plano é dividido em nove eixos (monitoramento da região, obras de mitigação, habitação, segurança pública, comunicação, serviços essenciais, educação, recuperação dos negócios locais e saúde) que vão definir quais ações serão adotadas pelos governos Municipal, Estadual e Federal.


Após a discussão em Maceió, o Plano será avaliado na esfera federal, para, então serem concluídas as linhas estratégicas de ação, apontando as responsabilidades de cada órgão envolvido com os trabalhos e prazo para concretização das medidas a serem adotadas.

 

A Defesa Civil Nacional não informou prazo para conclusão e destacou que está trabalhando para que o documento seja entregue o mais breve possível.

 

 


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