De janeiro a maio deste ano, Alagoas já registrou 228 casos de estupro. As vítimas relataram a violência nas delegacias da capital e do interior. Já o sistema prisional alagoano tem em suas unidades prisionais mais de 200 recolhidos pelo mesmo crime, incluindo autores que teriam abusado de menores de 14 anos.
Em abril deste ano, a Polícia Civil anunciou que as investigações sobre violência contra as mulheres - incluindo estupros e prevenção de feminicídios - passaram a ser reforçadas com a criação de uma força-tarefa para agilizar a apuração dos crimes.
Já em outubro de 2018 foi instaurada em Alagoas a Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS), que já ajudou a esclarecer crimes dessa natureza, como o do ex-servidor público da Câmara Municipal de Maceió, Benício Vieira - preso em abril deste ano - apontado por muitas vítimas de violência sexual.
Além do Hospital Geral do Estado (HGE), a Maternidade Escola Santa Mônica e o Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, são indicados para o acolhimento dessas vítimas. A equipe de profissionais da RAVVS pode ser contatada através dos telefones (82) 3315-2059 e 98882-9765.
Os dados de inquéritos policiais instaurados de estupro foram fornecidos pela assessoria de comunicação da Polícia Civil. E dos recolhidos nos presídios pela assessoria da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).