Na próxima segunda-feira (17), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), junto com representantes das vítimas do desastre da Braskem, estará no Ministério Público Estadual de Alagoas, no bairro do Poço, às 10 horas da manhã. Às 11 horas, eles estarão no Palácio República dos Palmares.
Renan e as vítimas vão levar ao procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, e depois ao governador Paulo Dantas, documentos sobre a situação das dezenas de milhares de pessoas que perderam suas moradias, empregos, empresas e patrimônio com o afundamento de cinco bairros de Maceió, em 2018, que destruiu pelo menos 15 mil imóveis em consequência da exploração de sal-gema no subsolo de Maceió.
No último dia 29 de março, Renan fez um veemente discurso na tribuna do Senado relatando o drama das vítimas da Braskem. Ele afirmou que antes da anunciada venda da indústria química à Petrobras, é preciso que a Braskem e a estatal acertem a pesada dívida que foi causada pelo afundamento dos bairros – o maior desastre ambiental já registrado no país.
“Preliminarmente, antes de qualquer coisa, antes de qualquer negociação envolvendo a Braskem – venda ou ampliação do capital da Petrobras – temos que passar pela necessidade de a Braskem e a Petrobras honrarem o contrato social que assumiram com Alagoas, pagando a indenização devida, primeiro às vítimas, em seguida ao governo do Estado e à Prefeitura de Maceió, e a construção de um novo bairro para repor as habitações e demais imóveis que foram destruídos”, afirmou o senador.
É para essa proposta que Renan e as vítimas vão buscar, nos encontros desta segunda-feira, o apoio do Ministério Público e do governo estadual.
“Não se pode concordar com o suposto acordo que a empresa alega. Um acordo em que as vítimas não participaram não pode ser chamado assim” – afirmou o senador. “Não podemos aceitar a tese de que foi um acidente. Acidentes são imprevistos. Aquilo foi um desastre anunciado, foi causado pela irresponsabilidade”.
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