A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) sedia na próxima quinta-feira (15), às 15 horas, a posse do primeiro Coletivo de Mulheres Pretas do Conjunto Cidade Sorriso I. Serão empossadas no auditório da Semas moradoras do conjunto e do entorno, para que possam discutir o racismo e propor alternativas para as mulheres pretas da periferia.
De acordo com a ativista Arísia Barros, a ideia surgiu há poucos meses, como uma medida para combater a violência e a pobreza nas comunidades. Em visita ao Cidade Sorriso, ela ouviu das mulheres que havia o desejo de debater como o racismo estrutural impacta a rotina delas e como elas podem buscar meios de melhorar de vida.
A partir daí surgiram as parcerias com a Semas e outras instituições para criar políticas públicas antirracistas e implementar parcerias com o setor privado e público para dar oportunidades de trabalho e renda, além de cursos de qualificação.
“O coletivo nasce com o intuito de discutir o racismo dentro das comunidades periféricas, onde ele é mais perverso, e a gente termina o ano já com a perspectiva de trazer políticas públicas antirracistas para a pauta. Vamos tentar conciliar as questões da fome e do racismo, discutir que a fome é produto do racismo estrutural, discutir o poder de cada pessoa de mudar o mundo, eu acredito muito nisso”, defende Arísia.
Para o secretário de Assistência Social, Claydson Moura, a proposta de reunir mulheres pretas com o objetivo de buscar alternativas aos problemas que elas enfrentam por conta do racismo é um grande avanço do qual a secretaria deseja fazer parte.
“Nós fomos convidados a entrar nessa parceria, para ajudar o coletivo de mulheres a construir pontes, e não pensamos duas vezes em participar. A Assistência Social já atua junto a essas mulheres, por meio dos benefícios sociais, do serviço de convivência, mas vamos fazer mais, vamos estimular a entrada no mercado de trabalho, a qualificação profissional e todos os meios para fazer com que elas cresçam como pessoas”, afirmou.
A Semas já atua com mulheres do Cidade Sorriso por meio de ações do Centro de Referência da Assistência Social (Cras). A partir da criação do coletivo, a atuação deverá ser ampliada.
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