Neste final de semana, os moradores de um condomínio residencial na cidade de Maribondo foram surpreendidos pelo atentado com arma de fogo acometido pelo ex-prefeito Leopoldo Pedrosa, que efetuou mais de vinte disparos com arma de fogo no local.
Desesperados, os moradores chamaram a Polícia Militar, que acolheu o ex-prefeito junto do empresário Dimas Lopes. Leopoldo foi levado para a casa de sua ex-mulher, para não ser incomodado durante o resto do final de semana, após causar verdadeiro pânico no residencial.
Casas foram alvejadas e as imagens do condomínio também foram apagadas. Alguns vídeos foram registados e divulgados por populares indignados com a situação. Nas imagens, é possível ver a casa de uma professora que teve os vidros atingidos pelos disparos e só não foi atingida também pelo ex-prefeito porque não estava em casa no momentos dos tiros.
A indignação maior de quem reside por lá, é com a Polícia Militar, que nada fez a não ser abraçar o prefeito e conduzi-lo a casa, por conta de sua mãe, atual prefeita do município. ”Devemos fazer chegar esta situação ao comando geral e a justiça para as devidas apurações e punição”, pedem os moradores do condomínio.
Antecedentes criminal de Leopoldo Pedrosa
Réu em ação penal decorrente de sua prisão por lesão corporal contra sua ex-mulher e ex-sogra, em 2017, o ex-prefeito de Maribondo (AL), Leopoldo César Amorim Pedrosa além de ser preso com uma pistola e um quilo de cocaína. O flagrante do crime de porte ilegal de arma ocorreu em um bar de Arapiraca (AL), durante o cumprimento de mandado de prisão temporária contra o ex-prefeito, pela acusação de homicídio. E a droga foi encontrada em sua fazenda, em Maribondo.
O delegado da Polícia Civil de Alagoas, João Marcello Almeida, afirmou que Leopoldo é suspeito de ter assassinado o corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira, que teve o corpo encontrado na zona rural de São Miguel dos Campos, no interior de Alagoas, em 2015.
“O homicídio teria sido motivado em razão do suspeito não querer pagar verbas de corretagem”, disse o delegado, que flagrou Leopoldo com uma pistola calibre .380, sem registro.
Os delegados João Marcello Almeida e Gustavo Xavier coordenaram a operação com policiais do Tático Integrado de Grupos de Resgate Especial (TIGRE). E encontraram a droga avaliada R$ 50 mil, ao cumprir mandado de busca e apreensão na residência do ex-prefeito, numa fazenda de Maribondo.
Também houve o flagrante de “vasto cadastro de eleitores”, que será alvo de investigação em outro inquérito policial.
Ficha policial
Leopoldo Pedrosa foi levado na época à Central de Flagrantes de Arapiraca, foi autuado pelos crimes e constatou-se passagens anteriores pela polícia, que o levaram a prisões por crimes de porte ilegal de arma de fogo, por dirigir embriagado e portar documento falso, além do crime enquadrado pela Lei Maria da Penha, que o levou a usar tornozeleira eletrônica.