O senador Renan Calheiros (MDB-AL) decidiu ir à guerra contra a Polícia Federal após a operação que afastou o governador de Alagoas, Paulo Dantas.
Ele acusa a superintendência estadual da PF de estar a serviço do presidente da Câmara, Arthur Lira, seu rival na política alagoana.
— Foi uma operação claramente política. Afastaram o governador a 19 dias da eleição e com base numa suspeita de 2017, quando ele era deputado estadual. Isso é mais uma demonstração de que é possível criar uma Gestapo bolsonarista no Brasil — ataca Renan.
Há seis dias, o senador havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral que ordenasse a troca da superintendente da PF em Alagoas, delegada Juliana Pacheco.
Na ação, ele afirma que agentes da PF teriam invadido um hotel sem mandado judicial para abordar o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (MDB-AL).
Na segunda-feira, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, deu 48 horas para que a PF explique a abordagem ao deputado.
Renan também promete ir ao Conselho Nacional de Justiça contra a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, que determinou o afastamento de Paulo Dantas.
— Laurita é uma ministra bolsonarista e não tinha competência para atuar neste caso — ataca.
O senador tentará convencer o ex-presidente Lula a não desmarcar a visita a Maceió prevista para quinta-feira. O petista já conversou com o senador eleito Renan Filho (MDB-AL), mas ainda não decidiu se manterá a viagem.