Com o fornecimento de energia elétrica e gás interrompido, os moradores do edifício Maison Paris, que foi atingido por um incêndio no bairro da Jatiúca, em Maceió, na quarta-feira (29), estão se virando como podem e seguem abrigados nas casas de parentes, amigos e em hotéis e pousadas da cidade.
O fogo começou no apartamento 402, e deixou uma mulher morta. Marlene Lopes, de 56 anos, era de Santa Catarina, e estava em Maceió para cuidar do irmão, que se recuperava de uma cirurgia.
Paulo Nicholas, sub-síndico do prédio, explicou que o edifício não está interditado, mas devido à interrupção do fornecimento de energia e gás, os moradores ainda esperam fora de suas casas até que o problema seja resolvido.
“Os moradores estão subindo e descendo de acordo com a necessidade, para pegar coisas que estão precisando. Alguns moradores estão em hotéis, outros em casas de parentes e amigos. Eu mesmo estou na casa do meu sogro, a duas quadras da minha casa”, contou.
Paulo explicou que os moradores aguardam também uma avaliação da estrutura do edifício. “Não houve interdição, mas não há ninguém lá. Nós, moradores, contratamos uns engenheiros para fazer uma avaliação, porque há suspeita de que a rede elétrica pode estar danificada no quarto andar, e por isso os andares mais altos podem estar sem receber energia”, pontuou.
Ele concluiu dizendo que a avaliação desses engenheiros deve acontecer na manhã de hoje, mas ainda não há previsão para que os moradores voltem para seus apartamentos.
Nesta sexta (31), a produção do Balanço Geral Alagoas recebeu um vídeo de uma moradora do quarto andar do edifício, que mostra como ficou o apartamento vizinho ao que incêndiou. No vídeo, gravado pela própria moradora, ela mostra marcas no teto causadas pela fumaça e muita fuligem espalhada pelo chão do apartamento.
Ontem, a TV Pajuçara exibiu uma matéria sobre a falta de fiscalização em sistemas de combate a incêndio em Alagoas. De acordo com a produção da emissora, a Defesa Civil recomendou que o prédio continue isolado e constatou que o edifício Maison Paris não era fiscalizado há mais de dez anos e que os hidrantes não estavam funcionando.