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30/05/2019 às 01h39min - Atualizada em 30/05/2019 às 01h39min

Corpo de Bombeiros confronta versão e informa que chegou ao prédio em 20 minutos

Moradores do Maison Paris alegam que guarnições demoraram cerca de 40 minutos; CBM ressaltou que prédio não passou por vistorias desde 2009

- Fonte: Gazetaweb
Major Cavalcante informou que todo prédio deve passar por vistorias anuais FOTO: RAYSSA CAVALCANTE

O Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL) confrontou, na noite dessa quarta-feira (29), as informações de que as guarnições teriam demorado cerca de 40 minutos para chegar ao edifício Maison Paris, na Jatiúca. Segundo o coordenador da assessoria de comunicação dos bombeiros, major Cavalcante, as equipes chegaram ao local cerca de 20 minutos após serem acionadas. 

Um incêndio em um apartamento do 4º andar do edifício Maison Paris deixou uma mulher de 56 anos morta.  

O coordenador da assessoria destacou ainda que, apesar de ter um sistema de incêndio, o edifício não passava por vistorias desde 2009. 

Todo edifício, segundo o major, precisa de um projeto contra incêndio e pânico para ser construído. Após a obra ser finalizada, o CBM/AL vai ao local para verificar se o projetado elaborado e aprovado foi realmente executado. "Esse prédio [Maison Paris] tem um projeto inicial que foi aprovado em 2006 e teve a primeira vistoria, onde a gente disse: 'olha, realmente foi executado como foi projetado'. Isso aconteceu em 2008. Porém, anualmente, o proprietário ou responsável pela edificação tem que retornar aqui [Quartel do Comando Geral dos Bombeiros] e pedir uma nova vistoria para que a gente reteste os equipamentos e eles passem por manutenção para continuar funcionando. No entanto, de 2009 pra cá, não houve essa manutenção preventiva e essa solicitação de vistoria", revelou.

Mais cedo, o Corpo de Bombeiros informou alguns os equipamentos de segurança - como hidrante, bomba de incêndio e alarme - não funcionaram durante o trabalho da Corporação. Quanto a isso, o major Cavalcante confirmou a situação e frisou que essa falha pode não estar ligada ao agravamento do incêndio. 

"No nosso sistema, entre a chamada e a nossa chegada ao local, foram cerca de 20 minutos. Assim que a gente chegou lá, a gente tentou uma técnica de combate onde a gente pressuriza a própria tubulação da edificação [sistema de hidrante].  Mas, uma coisa não funcionou e a gente precisou utilizar outra técnica de combate, onde ligamos as mangueiras flexíveis na viatura e subimos com ela pela escada interna do edifício até chegar no quarto andar e ao apartamento onde estava o incêndio", disse, antes de acrescentar que diversos fatores interferem na condução de um incêndio - como a ventilação, janelas e portas abertas.

VÍTIMAS

Laudo com as causas o incêndio deve sair em até 30 dias FOTO: JOBISON BARROS


Na ocasião, uma mulher, identificada como Marlene Lopes, de 56 anos, foi encontrada morta dentro de um apartamento, localizado no quarta andar do prédio. Conforme o major Cavalcante, as causas da morte vão ser apontadas pelo Instituto de Criminalística (IC). No entanto, ele adianta que, provavelmente, a vítima morreu por asfixia devido a inalação da fumaça. Inclusive, revelou que o corpo apresenta queimaduras. O Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros a três vítimas no local. 

"Outras pessoas foram atendidas com menor gravidade. A maioria por ter inalado fumaça, que é uma substância tóxica e causa debilidades no organismo. Algumas pessoas realmente precisaram ser socorridas e receberam o tratamento pelo Samu", contou.

O coordenador da assessoria também esclareceu que a perícia no edifício já foi iniciada, mas o que teria motivado o incêndio ainda é inconclusivo e que o laudo com as informações deverá ser divulgado em até 30 dias.

Veja um vídeo do momento: 


Incêndio destrói apartamento no conjunto Stella Maris

 

 


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