Agentes de combate às endemias da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) estiveram, na manhã desta segunda-feira (25), no corredor Vera Arruda, na Jatiúca, onde foram identificados focos do mosquito Aedes aegypti. As larvas foram encontradas em comedouros e bebedouros improvisados instalados no local para alimentação de gatos e cães abandonados que circulam na região. A ação foi demandada por moradores do entorno do espaço.
A Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da SMS informa que os depósitos foram tratados e encobertos para conter a proliferação do mosquito, que é transmissor da dengue, zika e chikungunya, e alerta a população para a eliminação de recipientes abertos que possam juntar água parada, especialmente neste período chuvoso, em que o número de casos aumenta, conforme dados do Boletim Epidemiológico divulgado esta semana.
“A iniciativa da população de colocar comedouros e bebedouros para cães e gatos, em vias públicas, é louvável para que esses animais não passem fome nem sede. Entretanto, é necessário que haja manutenção frequente. Esses depósitos precisam ser lavados toda semana. Do contrário, com essa frequência de chuvas que estamos tendo, eles se tornam focos de mosquito, invariavelmente. Para que a alimentação dos animais não se torne um problema de saúde pública, é necessário que os depósitos sejam limpos”, alerta a gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos, Carmem Samico.
Boletim Epidemiológico
O Boletim Epidemiológico Arboviroses: Dengue, Chikungunya e Zika - Semana Epidemiológica 15/2022, da Secretaria de Saúde de Maceió, indica crescimento nos casos de dengue em relação aos números registrados no mesmo período em 2021. De acordo com o boletim, foram notificados 251 casos prováveis da doença em Maceió, sendo 197 confirmados, correspondendo a um aumento de 122,12% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 113 casos.
O boletim traz 19 casos casos notificados de zika vírus, sendo 8 confirmados, o que representa aumento de 171,4% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram notificados 7 casos.
Foram notificados, no período, 18 casos de febre chikungunya, com 8 confirmados. O número representa aumento de 63,6% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram notificados 9 casos da doença.
A análise dos casos de dengue é feita por distrito sanitário/bairro e destaca que as localidades com maior incidência (índice de casos por grupo de 100 mil habitantes) são os bairros de Pajuçara, com 139,89 por 100 mil habitantes, Guaxuma com 107,48/100 mil habitantes e Pontal da Barra, com 75,35/100 mil habitantes.
Criadouros
O boletim informa que dos criadouros encontrados durante a pesquisa, os que predominaram foram os tanques (55,6%), tonéis (24%), caixas d’água no chão (8,3), baldes (4,5), bacias (37%), vasos de plantas, pratos de plantas (36%), recipientes plásticos (15%), latas (15%), plásticos (11%), copos descartáveis (8%),potes e isopor (6%).
O coordenador de Controle do Aedes aegypti em Maceió, Erivaldo Raimundo, lembra que todos os dias os agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió têm realizado o trabalho de combate nos bairros de Maceió.
"Têm sido realizadas, em todos os bairros de Maceió, ações para diminuir a proliferação do vetor de transmissão da dengue, chikungunya e zika. São atividades de orientação à população, rastreamento de locais de risco, tratamento com inseticidas, entre outras. Precisamos da colaboração da população para que todos fiquem atentos em suas casas e façam cada um a sua parte e, só dessa forma, poderemos diminuir e até mesmo zerar o número de casos em Maceió", disse.
Disque Dengue
A Coordenação Geral de Epidemiologia da SMS também dispõe do Disque Dengue, pelo número (82) 3312-5495. Através deste contato, a população tanto pode denunciar áreas com potencial para proliferação do vetor quanto receber orientações para corrigir situações que favoreçam a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
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