O governo está estudando uma forma de permitir a troca de informações entre os ministérios da Economia e da Justiça sobre o Coaf. O Congresso manteve o conselho na pasta econômica.
Os senadores atenderam ao apelo do presidente Jair Bolsonaro. Na sessão de terça-feira (28), aprovaram a medida provisória que reestruturou os ministérios do jeito que foi aprovada pela Câmara. O Coaf sai do Ministério da Justiça, de Sérgio Moro, e vai para o Ministério da Economia, de Paulo Guedes.
Nesta quarta-feira (29), Bolsonaro disse que vai sancionar o texto. “O Parlamento agiu legitimamente, corrigindo o que eles achavam que tinha que corrigir. O Coaf continua no governo”.
No Palácio do Planalto está sendo estudada uma portaria estabelecendo intercâmbio de informações entre os ministérios da Economia e Justiça no âmbito do Coaf. E o conselho - que é estratégico no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo - deve manter toda a estrutura que foi montada pelo ministro Sérgio Moro.
No comando do Coaf está Roberto Leonel, indicado por Moro. Leonel é auditor fiscal da área de inteligência da Receita Federal e atuou nas investigações da Lava Jato.
Integram o Coaf outros 11 conselheiros vindos de órgãos-chave como Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Polícia Federal, Receita Federal.