No último domingo (16/1), Hana Horká, cantora de um dos mais tradicionais grupos de folk da República Tcheca, morreu por complicações relacionadas à Covid-19 após se contaminar propositalmente para solicitar um passaporte de vacinação.
Segundo Jan Rek, filho da cantora, ela aproveitou que ele e o pai foram contaminados pela doença – ambos vacinados – para se expor propositalmente à Covid-19.
“Ela preferiu viver normalmente conosco e pegar a doença para não ter que se vacinar. É triste que ela quis acreditar mais em estranhos do que em sua própria família”, afirmou o filho em entrevista à uma rádio local.
Jan afirma que militantes antivacinas do país foram os responsáveis pela morte da mãe, que passou a ter ideias e compartilhar publicações de pessoas que propagavam informações contra os imunizantes. Segundo o filho, ele e o pai tentaram convencer a cantora a se vacinar, o que acabou não acontecendo.
Após se contaminar, ela chegou a comemorar nas redes sociais, e afirmou estar curada da doença. “Estou muito feliz porque, desta forma, poderei ter uma ‘vida livre’ como os outros, ir ao cinema, tirar férias, ir à sauna, ao teatro”, escreveu a cantora.
No entanto, como anunciado pela família nessa segunda-feira (17/1), Hana acabou sentindo consequências da doença e morreu sufocada em sua própria cama, após apresentar fortes dores nas costas depois de uma caminhada.
Segundo dados do governo da República Tcheca, apesar de o país enfrentar uma nova onda de Covid-19, impulsionada pela variante Ômicron, apenas 63% da população está completamente vacinada, número abaixo da média da Europa. Na última segunda (17/1), foram registrados 20 mil novos casos da doença.
tnh1.com