Os Estados Unidos declararam, nesta terça-feira (23), apoio oficial à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) , de acordo com uma publicação do Itamaraty em rede social que foi compartilhada também pela Embaixada dos EUA em Brasília.
A declaração de apoio foi feita durante a conferência ministerial da organização em Paris – que teve a participação do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
"O presidente Trump já tinha garantido seu apoio de maneira muito clara, de forma que a confirmação era esperada aqui no ambiente da OCDE", afirmou o ministro. "Isso foi extremamente relevante. Era, talvez a principal peça que faltava pra que nós possamos, no mais breve prazo, começar o processo de adesão", disse.
Araújo também falou sobre a possibilidade de o Brasil continuar no G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia.
"A expectativa é que o G20 pode ser usado como um espaço para a discussão sobre esse tema da ampliação da OCDE", disse o ministro.
O presidente americano, Donald Trump, já havia anunciado, durante encontro com o presidente Jair Bolsonaro há dois meses, que apoiaria a entrada do Brasil na OCDE – desde que o país retirasse o tratamento especial na Organização Mundial do Comércio, a OMC.
Desde então, representantes do governo dos EUA teriam respondido de maneira dúbia se iriam de fato se posicionar a favor do Brasil na conferência ministerial que acontece nesta quinta (23), de acordo com o jornal “Valor Econômico”.
Todos os países considerados "em desenvolvimento", como o Brasil, recebem tratamento especial na OMC, que tem 164 países-membros
Entre os tratamentos especiais previstos estão prazos mais longos para a implementação de acordos e compromissos, medidas para aumentar as oportunidades comerciais para os países em desenvolvimento e disposições que obrigam todos os membros da OMC a salvaguardarem os interesses comerciais dos países em desenvolvimento.