Antes de ir à manifestação, o presidente almoçou com empresários do agronegócio em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG). Bolsonaro foi de helicóptero para o local do evento, onde desfilou a cavalo. Sem máscara de proteção contra o coronavírus, cumprimentou os apoiadores aglomerados no gramado da Esplanada dos Ministérios.
Na manifestação, Bolsonaro estava acompanhado dos ministros Braga Netto (Defesa), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Gilson Machado (Turismo), a maioria sem máscara. Parlamentares também compareceram ao ato. Os manifestantes usavam trajes verde e amarelo e portavam faixas e cartazes nos quais defendiam "criminalização do comunismo" e voto impresso
Eles também entoavam as palavras de ordem "Eu autorizo", alusão a um eventual decreto do presidente contra as restrições de deslocamento adotadas em estados e munícipios devido à pandemia de Covid.
Discursos
Ministros e o presidente da República discursaram no carro de som. Ricardo Salles, por exemplo, afirmou que o “agronegócio é o maior amigo do meio ambiente” e que “as cidades é que poluem” a natureza. Braga Netto, da Defesa, declarou que as Forças Armadas estão em ação para “proteger” o agronegócio.
No discurso, Bolsonaro também fez ataques a governadores que adotaram medidas de restrição de circulação de pessoas como estratégia de enfrentamento à Covid. Sobre a pandemia, Bolsonaro disse lamentar as mortes provocadas pela Covid-19 e todas as outras mortes no país. “Não é ficando embaixo da cama ou em casa que vamos solucionar esse problema”, afirmou.
Ele não fez referência no discurso à CPI da Covid, que apura ações e omissões do governo no enfrentamento da pandemia e eventuais desvio de verbas federais em estados e municípios.