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16/05/2021 às 21h07min - Atualizada em 16/05/2021 às 21h07min

Atos pró-governo promovidos por religiosos e ruralistas reúnem multidão em Brasília

A manifestação é considerada a maior na Esplanada dos Ministérios desde a criação de Brasília

Jonathas Maresia, com Agências
Gazeta Web
O presidente Jair Bolsonaro participou nesse sábado (15) em Brasília de manifestações pró-governo promovidas por religiosos e por ruralistas que reuniu uma multidão. A manifestação é considerada a maior na Esplanada dos Ministérios desde a criação de Brasília. A Marcha da Família Cristã Pela Liberdade se iniciou pela manhã. No período da tarde, fundiu-se com o movimento de agropecuaristas e caminhoneiros.
 

Antes de ir à manifestação, o presidente almoçou com empresários do agronegócio em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG). Bolsonaro foi de helicóptero para o local do evento, onde desfilou a cavalo. Sem máscara de proteção contra o coronavírus, cumprimentou os apoiadores aglomerados no gramado da Esplanada dos Ministérios.

Na manifestação, Bolsonaro estava acompanhado dos ministros Braga Netto (Defesa), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Gilson Machado (Turismo), a maioria sem máscara. Parlamentares também compareceram ao ato. Os manifestantes usavam trajes verde e amarelo e portavam faixas e cartazes nos quais defendiam "criminalização do comunismo" e voto impresso

Eles também entoavam as palavras de ordem "Eu autorizo", alusão a um eventual decreto do presidente contra as restrições de deslocamento adotadas em estados e munícipios devido à pandemia de Covid.


 

Discursos

Ministros e o presidente da República discursaram no carro de som. Ricardo Salles, por exemplo, afirmou que o “agronegócio é o maior amigo do meio ambiente” e que “as cidades é que poluem” a natureza. Braga Netto, da Defesa, declarou que as Forças Armadas estão em ação para “proteger” o agronegócio.

No discurso, Bolsonaro também fez ataques a governadores que adotaram medidas de restrição de circulação de pessoas como estratégia de enfrentamento à Covid. Sobre a pandemia, Bolsonaro disse lamentar as mortes provocadas pela Covid-19 e todas as outras mortes no país. “Não é ficando embaixo da cama ou em casa que vamos solucionar esse problema”, afirmou.

Ele não fez referência no discurso à CPI da Covid, que apura ações e omissões do governo no enfrentamento da pandemia e eventuais desvio de verbas federais em estados e municípios.


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