"É um aplicativo que pode ser acessado por qualquer pessoa. Onde tem um texto, também tem uma imagem, uma cor, como o botão do pânico. Então, da pessoa mais instruída à menos favorecida, vai conseguir pedir ajuda em caso de violência doméstica", diz Isabelle Mendes.
Em funcionamento em Palmeira dos Índios, com a ajuda da Guarda Municipal, a Liga aguarda, agora, uma reunião com o comando da Polícia Militar (PM), para que o aplicativo seja estendido por todo o interior e na capital.
"Temos uma reunião com o comandante da polícia, para dialogar sobre o aplicativo e, assim, viabilizar a ampliação para que mais mulheres possam ser atendidas", expôs Isabelle.
A ideia, que surgiu dentro da Liga, foi por causa do período de isolamento, onde a situação para essas mulheres ficou muito mais difícil. "O tempo delas ao lado de seus agressores dobrou".
Além da função de poder chamar a polícia com discrição, o app permite que as vítimas enviem fotos e vídeos para provar as agressões. Os arquivos só poderão ser acessados pela polícia. É possível, ainda, cadastrar números de pessoas próximas, que também serão contactadas, automaticamente, no caso de uma emergência.
A estudante destaca a importância da parceria com o Tribunal de Justiça (TJ). "A partir do momento que o Tribunal de Justiça abraçou a ideia, tudo foi fluindo com muito mais agilidade. Aproveito para agradecer ao magistrado André Parizio, que buscou a ajuda no Tribunal, e ao ex-presidente, desembargador Tutmés Airan"
O aplicativo será gratuito e estará disponível nas lojas Play Store (para celulares Android) e, ainda, está em negociação com a App Store (IOS).