O cálculo foi feito pelo Movimento Rede Renda Básica Que Queremos, que é uma organização que reúne entidades, como sindicatos e ONGs. Para chegar a estes números, eles analisaram os dados do Governo Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda assim, a nova rodada do programa deve alcançar 718.201 pessoas em Alagoas, o que equivale a 21,4% da população do Estado. Ou seja, a cada cinco alagoanos, um deve receber, novamente, o Auxílio Emergencial.
Em todo o Brasil, a nova rodada do auxílio emergencial deve atender 39,8 milhões de pessoas. Isso significa 28,4 milhões a menos do que os 68,2 milhões ajudados no ano passado.
São Paulo é o Estado que deve ter o maior número de pessoas “cortadas” do Auxílio Emergencial, com 5,4 milhões de pessoas que deixarão de receber. Na sequência, aparecem Minas Gerais (2,7 milhões), Bahia (2,4 milhões) e Rio de Janeiro (2,3 milhões).
Em 2020, segundo dados da Caixa Econômica Federal (CEF), o Governo Federal gastou R$ 292,9 bilhões com as duas rodadas de auxílio emergencial (a primeira, de R$ 600, e a segunda, de R$ 300).
O Congresso Nacional promulgou a PEC Emergencial nessa segunda-feira (15). A emenda constitucional abre caminho para a edição de uma Medida Provisória (MP) que permite o pagamento do auxílio emergencial, destinando R$ 44 bilhões fora do teto de gastos.
Na última sexta-feira (12), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, durante entrevista a um portal de notícias, que, embora o Governo esteja trabalhando para retomar o pagamento do auxílio emergencial ainda em março, a primeira parcela da nova rodada deverá ficar para abril.
Guedes declarou que o benefício vai variar de R$ 150 a R$ 375. De acordo com o ministro, o Ministério da Cidadania está definindo a formatação do programa, para decidir em que casos o beneficiário receberá o menor e o maior valor.
Para Guedes, as contrapartidas fiscais exigidas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial foram necessárias, porque o Governo não tinha condições de continuar a pagar um benefício de R$ 600.
“Um auxílio de R$ 600 não seria sustentável e ia virar inflação, o que prejudicaria os mais pobres. Com R$ 600 por mais dois anos, a inflação vai a 5%, 6%, 7%”, argumentou o ministro.