A democratização financeira tem, até o momento, foco na garantia de acesso a serviços de pagamento e ao mercado de crédito. O Banco Central (BC) quer agora facilitar o acesso ao mercado a investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros, grandes e pequenos. A avaliação é do presidente do BC, Roberto Campos Neto, na abertura de workshop sobre o open banking, em Brasília, evento fechado à imprensa. O open banking é o compartilhamento de dados, produtos e serviços por meio da abertura e da integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia de instituições financeiras.
Segundo discurso publicado no site do BC, Campos Neto defende, além da ampliação do acesso ao mercado, aumento da competitividade do setor, da transparência e da educação financeira.
“Dentro dessas novas dimensões, estão sendo criados 14 grupos de trabalhos para avaliar mais detidamente cada ponto, sendo que open banking é um importante aspecto da dimensão de competitividade”, disse.
No final de abril, o BC deu início ao processo de implementação do open banking, com a publicação do Comunicado 33.455, que estabelece as diretrizes que orientarão a proposta de regulamentação do modelo a ser adotado no Brasil.
Segundo o BC, por meio do open banking, clientes bancários poderão, por exemplo, visualizar em um único aplicativo o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos. Também será possível, por este mesmo aplicativo, fazer uma transferência de recursos ou um pagamento, sem a necessidade de acessar diretamente o site ou aplicativo do banco.