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23/02/2021 às 13h38min - Atualizada em 23/02/2021 às 13h38min

Funcionário ameaçou dar andamento em suposto débito de energia caso vítima revelasse estupro, diz advogado

Por Redação com Gazetaweb
Funcionário - Foto: Cortesia
Os advogados da mulher que teria sido estuprada por um prestador de serviço da Equatorial Energia Alagoas, na sexta-feira (19), no Conjunto Maceió I, no Cidade Universitária, afirmam que a vítima foi ameaçada pelo suspeito para que não revelasse o crime. Segundo Lucas Sena, o homem disse que daria continuidade em um suposto débito de energia com a empresa, que teria sido constatado durante inspeção, caso ela contasse sobre a violência sexual. Em depoimento, autor confirmou relação sexual, mas disse que foi consensual.

“Ele [o suspeito] alegou que tinha um problema na casa da minha cliente e fez um termo de ocorrência, pegou os dados dela, preencheu o formulário para ela assinar. Após o preenchimento, ela abriu o portão para assinar, foi quando o funcionário pediu que fosse realizada uma inspeção no imóvel e que ela teria que acompanhá-lo, por ser proprietária. Nesse momento, ele a agarrou por trás, levou-a até a cozinha e consumou o crime de estupro. Ele a ameaçou, disse que se contasse para alguém, colocaria para frente o suposto débito dela, já que seria a palavra dela contra a dele”, disse o advogado.

Após o crime, a mulher contou o caso para a mãe através de um aplicativo de mensagem e foi até a Central de Flagrantes I, onde registrou Boletim de Ocorrência. O homem está preso, na Delegacia da Mulher, em Maceió. A delegada aguarda o resultado do exame de conjunção carnal para comprovar o estupro e anexar o documento ao inquérito policial.

A defesa disse, ainda, que a Equatorial, até o momento, não prestou nenhum tipo de assistência à vítima.

Em nota, a Equatorial informou que adotou todas as medidas que o caso requer até o momento e que está acompanhando a conclusão da investigação pelas autoridades policiais.

O outro lado

Já o advogado do engenheiro disse que o homem nega que tenha praticado o crime. No entanto, ele afirma que houve relação sexual, mas com consentimento da suposta vítima.

“Ele afirma que houve relação sexual, o que não houve e o que não bate nas informações prestadas é que isso ocorreu com violência. Primeiro, que o cidadão não ia fazer isso com a porta entreaberta, com o companheiro do lado de fora, à luz do dia, num condomínio. Ele estava desarmado, ela poderia gritar, correr. São informações muito imprecisas para se imputar a alguém um crime dessa natureza. Ele está decepcionado, triste, e pedindo desculpas para a esposa, mas não pelo estupro e sim pela traição”, afirmou Marcondes Costa, em entrevista à TV Gazeta.

Durante a semana, o outro funcionário que acompanhava o suspeito deverá prestar depoimento. Ele também foi afastado das funções até que o inquérito que apura o estupro seja concluído.

Veja nota da Equatorial Energia:

A Equatorial Energia Alagoas informa que adotou todas as medidas que o caso requer até o momento e que está acompanhando a conclusão da investigação pelas autoridades policiais.

Reforça que assim que tomou conhecimento do ocorrido, solicitou o afastamento dos prestadores de serviço até que tudo seja esclarecido e que tem total interesse na elucidação do caso.

Ressalta ainda que a Equatorial não compactua com qualquer ato ilegal, tendo inclusive regras rígidas de comportamento para todos os seus colaboradores e contratados terceirizados. Após a apuração, a Distribuidora tomará as medidas legais contra quem de direito.

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