Agentes da Polícia Civil estão a procura de um homem suspeito de matar o próprio irmão, dentro da casa do pai, por causa de uma discussão por uma namorada. O crime ocorreu no Conjunto Salvador Lyra, em Maceió, no dia 31 de janeiro.
Segundo testemunho prestado ao delegado Fábio Costa, integrante da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), uma mulher relatou que a vítima, Rudson Rafael, morreu após levar um tiro na boca. O disparo foi feito por seu irmão e teria sido acidental.
Os dois irmãos, que segundo Fábio Costa, estão envolvidos no mundo do crime, utilizavam tornozeleira eletrônica e iniciaram uma discussão por causa do relacionamento de Rudson.
O acusado suspeitava que seu irmão tinha levado para casa uma garota que fazia parte de uma facção rival. Apenas pelo fato dela morar em um bairro que seria dominado por seus rivais. A mulher disse que quando chegou à casa da vítima, na noite anterior ao crime, já estavam o irmão com a esposa, o pai e a avó de Rudson. Após ter passado a noite, a garota foi confrontada pelo irmão da vítima.
Segundo o relato da garota, o irmão de Rudson, entrou no quarto com uma arma de fogo em punho, perguntando se ela não iria embora e que a mesma não deveria estar ali ainda, alegando que ela era de uma região dominada por facção rival a da vítima, imaginando que o relacionamento poderia causar algum mal. A garota disse não fazer parte de facção nenhuma e que apenas mora em uma região que ele considerava inimiga. Impaciente e segurando uma arma, ele deu uma coronhada na cabeça dela. Foi nesse momento que aconteceu o disparo acidental, com o projétil atingindo Rudson Rafael na boca.
Desesperado ele saiu para pedir socorro aos vizinhos. Quando voltou com uma pessoa, Rudson já estava morto. O suspeito fugiu do local com a esposa, dizendo que ia para a casa da mãe e no momento está foragido da justiça. Ele ainda retirou a tornozeleira eletrônica para dificultar sua localização.
A Polícia Civil prossegue com as investigações. De acordo com o delegado Fábio Costa, ele será indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.