Uma corretora de imóveis foi presa na Operação Facetas, da Polícia Federal, nesta terça-feira (14). Ela é suspeita de cometer crimes de falsificação contra a Caixa Econômica Federal. No total, foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva, além do sequestro de bens móveis e imóveis em Maceió e Marechal Deodoro.
A investigação, que começou em 2017, aponta um prejuízo de mais de R$ 600 mil à Caixa. Os policiais descobriram falsificação de documento público e particular, estelionato majorado, lavagem de dinheiro e associação criminosa contra a banco.
Segundo o delegado Luciano Patury, a denúncia partiu da Caixa Econômica Federal que encaminhou procedimentos de aberturas de contas bancárias e financiamento imobiliário com indícios de fraudes.
"Constamos que teriam sido falsificados documentos de identificação e comprovantes de renda de forma a possibilitar a abertura de contas em nome de pessoas cujo dados inseridos nos documentos, apesar de verídicos, tinham fotografia de uma terceira pessoa que não era aquela que correspondiam aos dados", informou o delegado.
As pessoas envolvidas no esquema tiveram, além do financiamento imobiliário, crédito de limites de contas bancárias, limites de cartões de crédito e contratações de empréstimos de contratações CDC. Segundo a PF, elas trabalhavam como corretoras.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal em Alagoas. Segundo a PF, os alvos da operação são corretores de imóveis. Foram instaurados 6 inquéritos judiciais. A investigação continua.
"Outras pessoas já foram indiciadas nos inquéritos policiais. Essa é a operação que se declarou a fase ostensiva, onde foram cumpridas as medidas cautelares. A investigação procede para que seja elucidados dos fatos criminosos", ressaltou o delegado.
O nome Facetas é uma referência ao modo de agir dos investigados, consistente nas substituições de fotografias em documentos de identificação, com dados verídicos, porém com faces não condizentes com tais dados.