"Eu acredito que o surfe brasileiro se tornou o favorito em todas as etapas. Ia ser demais ter um brasileiro como primeiro campeão olímpico de surfe. E eu realmente acredito que a gente pode fazer isso acontecer, a geração atual é muito forte", afirmou Medina.
"A maioria dos meus companheiros brasileiros no tour são os mesmos com quem eu competi no juvenil. Viemos de um ambiente muito competitivo e com grandes talentos, isso fez com que cada um de nós se tornasse supercompetitivo desde cedo e hoje estamos tendo os resultados incríveis a nível mundial."
Questionado sobre o adiamento das Olimpíadas para 2021 por causa da pandemia, Medina disse apoiar a decisão, apesar do "susto". "Eu estava me preparando bastante e também estava muito animado. Quando veio a notícia do adiamento, a gente leva um susto. Mas, ao mesmo tempo, eu entendi e apoiei a decisão de adiar os jogos. Seria um risco muito grande realizar um evento como esse nesse momento. Fora que, assim como eu, muito atletas não estavam conseguindo se preparar o suficiente para competir no nível que os jogos merecem."
Essa será a primeira edição dos Jogos em que o surfe estará presente, o que para o atleta é um incentivo para se tornar campeão olímpico, sendo uma de suas prioridades. "As Olimpíadas terão um gostinho muito especial. [Além de ser a estreia], poder competir pelo Brasil no maior evento esportivo sempre será um sonho pra mim e imagino que seja pra todos os atletas de todos os esportes", afirmou Medina.
Com o início da pandemia, Medina relatou que se manteve "totalmente isolado em casa", o que impedia os treinamentos. No entanto, a flexibilização das atividades no Brasil permitiu que ele voltasse às atividades parcialmente.
"A praia de Maresias [em São Paulo] abriu para o surfe, ficou mais tranquilo. Tenho conseguido surfar bastante agora, mas ainda não voltei com todo o treinamento. Devo começar minha pré-temporada em breve, já que agora saiu o novo calendário e o primeiro evento deve acontecer em dezembro."
Já de olho no ano que vem, o atleta disse que tem pesquisado mais sobre as condições do mar no Japão. Um evento pré-olímpico no ano passado, que aconteceu no país, "foi bom pra conhecer mais de perto as ondas e já ter uma expectativa do que estar por vir".
"As ondas de lá são menores e com menos força, diferentes das que surfamos no Tour da WSL que já são maiores e mais pesadas. [Por isso,] uma das principais coisas que terei que fazer é diminuir um pouco meu peso. Pretendo ficar um pouco mais leve quando chegar lá para poder render mais naquelas condições. Mas, no mais, vou entrar com ainda mais garra e determinação para conquistar o ouro", concluiu.
fonte:tnh1.com.br