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15/04/2020 às 13h16min - Atualizada em 15/04/2020 às 13h16min

Felipe Prior tem habeas corpus negado pela Justiça em caso dos estupros

internet

Foi negado pela Justiça de São Paulo o pedido de Habeas Corpus preventivo solicitado pela defesa de Felipe Prior - ex-BBB acusado de ter cometido, ao menos, três estupros. Segundo o portal Notícias da TV, nesta terça-feira (14), a juíza Carla Santos Balestreri decidiu que a solicitação da defesa do arquiteto não pode ser aceita, pois os advogados não forneceram todas as informações necessárias para a análise. 

 

A defesa do acusado solicitou o habeas corpus preventivo com o objetivo de extinguir as denúncias de estupro feitas contra o ex-BBB. No documento apresentado pelos advogados, é apontado que a punibilidade dos crimes já teria prescrito, pois lei vigente diz que a vítima tem o prazo máximo de seis meses após os supostos atos para acionar o acusado na Justiça. Os casos relatados ocorreram em 2014, 2016 e em 2018. 

"Com efeito, não se demonstrou a existência do inquérito policial cujo trancamento se pretende. Ao contrário, do que se infere da inicial, sequer o impetrante tem certeza da existência do procedimento administrativo, tendo se limitado a afirmar que soube da instauração por meio da imprensa", afirma a juíza na decisão, obtida pelo Notícias da TV. 

No dia 8 de abril, os advogados de Felipe Prior -que ainda não foi julgado e, por esa razão, segue em liberdade- ingressaram com o pedido do habeas corpus preventivo na Justiça de São Paulo. No requerimento, eles informaram que não tiveram acesso ao inquérito policial instaurado pela 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo para investigar o caso e que os supostos crimes teriam sido prescritos, conforme a lei 13.718, de 2018. 

No entanto, a juíza explica que não pode aceitar o pedido por conta da falta de informações apresentadas pela defesa. 

 

"Necessário, assim, que sejam prestadas informações pela d. Autoridade apontada como coautora para esclarecimento dos fatos". Ela também solicitou que a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo apresentem as informações sobre o caso, para uma análise futura.

Relembre o caso
No último dia 3 foi divulgada pela revista Marie Claire uma série de depoimentos de supostos estupros cometidos por Felipe Prior entre os anos de 2014 e 2018, antes de sua participação no reality. Todos os episódios relatados ocorreram durante os jogos universitários das faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo, chamados de InterFAU.

A reportagem teve acesso às denúncias e entrou em contato com as vítimas. O primeiro teria ocorrido na madrugada de 9 de agosto de 2014 contra uma mulher identificada sob o pseudônimo de Themis. Ela e uma amiga aceitaram uma carona oferecida por Felipe, à época estudante de arquitetura.

Themis estava bêbada e, após deixar sua amiga em casa, Felipe teria se aproveitado do estado da vítima para obrigá-la a ter relações sexuais com ele. Primeiro ele começou a passar a mão pelo corpo dela e, em seguida, a arrastou para o banco de trás do veículo.

 

Ainda segundo o relato exposto pela Marie Claire, Prior tirou a roupa dela e abriu a própria calça. A vítima disse não, mas Felipe teria ignorado e mandado ela "deixar de ser fresca e se fazer de difícil". Contra a vontade de Themis, Felipe começou a penetrá-la violentamente.

Ainda segundo o relato de Themis, o estupro causou uma laceração em seu lábio vaginal esquerdo, o que fez com que sua roupa, o banco do carro e a roupa de Felipe ficassem esganguentados. "Por causa da dor, começou a chorar. Isso teria feito Felipe parar", diz o relato. Ela foi para o hospital. A lesão fez com que a vítima precisasse usar fralda geriátrica para conter o sangramento. A vítima, porém, omitiu da mãe e das médicas que a atenderam a violência.

Caso 2016
Já durante o InterFAU de 2016, Felipe teria praticado uma tentativa de estupro contra uma estudante identificada como Freya pela reportagem, hoje com 24 anos. Valendo-se da embriaguez da jovem, Prior teria tentado forçar uma relação sexual com a vítima.

Primeiro ele a persuadiu a entrar em sua cabana, onde começaram a se beijar. Ao informar que ele não tinha camisinha, a jovem negou-se a transar com ele, mas ele teria continuado insistindo, usando a força para obrigar a jovem a ter a relação com ele.

 

Freya disse que o estupro só não ocorreu pois ela conseguiu empurrá-lo e fugiu. 

"Quando começou o BBB, vi um tuíte de uma garota que dizia que o Felipe tinha fama de assediador no Mackenzie. Foi quando entendi que a violência que sofri não era única. Mandei uma mensagem para garota e disse a ela que se aparecessem mais vítimas, me manifestaria. Dessa forma encontrei Themis, que me contou que além do estupro, tinha um boletim médico comprovando a laceração em seu genital", disse Freya à Marie Claire também em entrevista pelo telefone. A partir desse encontro, decidiram agir.

Caso 2018
Mais recentemente, também no interFAU, a vítima foi uma jovem com o pseudônimo de Isis, de 23 anos atualmente. O relato é similar aos anteriores, pois a garota também estava bêbada e Prior a convidou para entrar na sua barraca, onde começou a ter relações sexuais com ela.

Durante o ato, Prior começou a se mostrar extremamente agressivo, dando tapas no rosto e no corpo da vítima. Incomodada com a violência, Isis pediu para o ex-brother parar, chegando a chorar, mas Prior repetia por diversas vezes que não deixaria ela sair dali. Após terminar o ato sexual, a empurrou e puxou para que ela caísse sobre o colchão.

Processo criminal
Um processo denunciando os casos já foi aberto pela advogada Maira Pinheiro, que representa as três mulheres. A defensora tentou conversar com ua quarta mulher que teria sido mais uma vítima, mas ela não quis entrar com a ação judicial. 

Ainda de acordo com a reportagem, a advogada entrarou com um pedido de medidas cautelares para que Felipe fosse proibido de manter contato com as vítimas e testemunhas por qualquer meio de comunicação, inclusive por meio de terceiros e internet. A solicitação foi acolhida pela Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo e aguarda julgamento. Como os crimes aconteceram em três cidades diferentes, a investigação poderá ser realizada por um grupo especializado do Ministério Público ou se desdobrar em até três inquéritos policiais diferentes.
 
Versão de Prior
A reportagem alega que tentou, por diversas vezes, entrar em contato com os advogados e a família de Felipe, chegando a mostrar os relatos das vítimas. A assessoria do ex-brother disse que os estupros jamais aconteceram.

Posteriormente, o acusado gravou um vídeo se dizendo inocente de todas as acusações.




fonte/tnh1.com.br


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