Josias de Souza, em seu blog no UOL, comentou o papelão de Jair Bolsonaro ao manter o juiz de garantias no pacote anticrime.
Para ele, Bolsonaro “não perde a oportunidade de demonstrar que não passava de conversa fiada aquela história de que concedera uma carta branca ao titular da pasta da Justiça”.
“Em pleno Natal, o presidente presenteou o ministro com mais uma desfeita”, diz Josias.
“Em 40% das comarcas do Brasil, há apenas um juiz. Ou seja: para que a nova lei seja implantada será necessário contratar novos magistrados ou deslocar juízes de outras praças. Nas duas hipóteses, além de complicações operacionais, haverá novas despesas. Faltou informar de onde virá o dinheiro. Ao contrariar Sergio Moro, Bolsonaro potencializou a impressão de que a investigação que encrenca o seu primogênito Flávio levou-o a se reposicionar no palco. Já não enxerga certas posições de Moro como posições certas. No caso do juiz de garantias, Bolsonaro preferiu ficar do lado das duas bancadas que se empenharam para aprovar a novidade no Legislativo: a bancada dos encrencados e a dos cúmplices.”