O sequestro da funcionária da Equatorial Energia Alagoas, Adriana Rogério da Rocha, de 44 anos, foi orquestrado pelo próprio marido dela, José Tadeu Gomes Alves, de 43 anos, que está foragido. É o que revelou a Secretaria de Segurança Pública (SSP), durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (25). O motivo da trama seria o valor da venda de um imóvel da família que o esposo teria interesse.
Ela foi atraída para o estacionamento de um supermercado, no bairro da Gruta, por José Mirosmar dos Santos, de 24 anos, que seria um suposto corretor de imóveis.
Ao chegar no estacionamento, Adriana foi levada para um cativeiro localizado na zona rural do município do Pilar, em terras próximas à Usina Terra Nova. O marido, que é caminhoneiro, estava casado há 22 anos com a vítima e tem três filhos com ela, estava no momento do sequestro e desceu do veículo, onde estava a vítima, no Tabuleiro, bairro onde eles moravam.
No cativeiro, foram presos Kennedy Gomes da Silva, de 23 anos, e Walisson dos Santos Porfírio, também de 23 anos. Já Fabrício Queiroz da Silva, conhecido como "Dudé", também um dos suspeitos da trama, trocou tiros com os policiais que estouraram o cativeiro, foi baleado e morreu.
Está foragido, além do marido de Adriana, José Mirosmar Duarte dos Santos, de 24 anos. Segundo a polícia, ele também organizou o sequestro e, no momento, está sendo caçado.
De acordo com o delegado Thiago Prado, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), o local para onde a funcionária foi levada era ermo, numa construção rudimentar. "A vítima era alimentada com água, bolacha e pão", detalhou.
Havia uma hipótese de que o marido teria descoberto uma suposta traição de Adriana. Para se vingar, o esposo teria articulado o crime. No entanto, a polícia descartou esta possibilidade e descobriu, paralelamente, que havia a quantia de uma venda de imóvel, cujo valor o marido tinha interesse e, por isso, queria ceifar a vida de Adriana após o período de sequestro.
Na manhã desta quarta-feira (25), à Gazetaweb conversou com o sogro da vítima e pai de José Tadeu, Francisco Assis, que informou ter ido até a delegacia e abraçado a nora mas que, ficou nervoso devido à idade, e retornou para a residência. Questionado sobre o filho, ele não soube informar o paradeiro de José Tadeu.