O Hospital da Mulher (HM), situado em Maceió e vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), realizou 412 Testes da Linguinha este ano. O exame, que é assegurado nos primeiros dias de vida do recém-nascido, é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnosticar casos de anquiloglossia, conhecida popularmente como “língua presa”.
A fonoaudióloga Maria Melo explicou que, durante o exame, é observada a estrutura e mobilidade do freio lingual. Ela ressaltou que, caso o bebê tenha a língua presa, a condição pode prejudicar a amamentação e, futuramente, causar problemas na mastigação, deglutição e até na fala.
“Realizamos um teste padronizado para diagnosticar e indicar tratamento precoce da anquiloglossia. É um procedimento simples, que consiste na elevação da língua para observar como está a estrutura do freio lingual e a mobilidade da língua na sucção, para que se evite o desmame precoce, dificuldades na mastigação, deglutição e fala", detalhou Maria Melo.
Ainda de acordo com a fonoaudióloga, no HM é utilizado o Protocolo Bristol, onde é quantificada a alteração do freio lingual, avaliando junto com a função de sucção. "Caso seja detectada a anquiloglossia, realizamos a indicação do procedimento de frenotomia e o bebê já saiu da unidade com a situação solucionada”, informou a especialista.
Importância do procedimento
A cirurgiã-dentista hospitalar Marcella Cabral destacou a importância da frenotomia lingual, que é o corte do frênulo da língua do bebê, quando ele nasce com o freio lingual curto. Somente este ano, a unidade realizou mais de 70 procedimentos de correção nos pacientes com anquiloglossia.
“O pequeno corte é realizado com anestesia tópica, onde fazemos uma incisão entre o ventre de língua e assoalho bucal. Após o procedimento, a língua consegue fazer a movimentação adequada e o bebê é colocado no seio materno para que ele seja amamentado de forma efetiva”, detalhou Marcella Cabral.
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