A doença de Parkinson é a segunda patologia neurodegenerativa mais frequente do mundo, ficando atrás apenas do Alzheimer. Nesta quinta é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. Para assegurar o tratamento de 550 alagoanos acometidos pela doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) fornece medicamentos de alto custo, por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), antiga Farmex.
Dos 550 alagoanos cadastrados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) que recebem medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 74 fazem parte do programa Remédio em Casa, que entrega a medicação na residência do paciente. Entre eles está a aposentada Maria Jediane, de 51 anos, que convive com a doença há 10 anos.
“Faço o tratamento de Parkinson há seis anos, mesmo tempo que pego minha medicação no Ceaf e, graças a Deus, estou muito bem. Também faço exercícios e tenho uma boa alimentação para melhorar. O serviço do remédio em casa é maravilhoso, para mim nunca falhou, sempre fui muito bem atendida e eles mandam tudo certinho em casa”, disse a paciente.
O Programa Remédio em Casa conta com uma estrutura dentro do Ceaf na qual uma farmacêutica faz a conferência dos remédios que são separados para cada um dos usuários cadastrados. As caixas, individualizadas e lacradas, nominalmente a cada paciente, são encaminhadas às casas dos assistidos para o tratamento adequado. Uma vez por mês os motoboys fazem a entrega nas visitas domiciliares.
O público alvo do Remédio em Casa são idosos acima de 60 anos e pessoas com as seguintes patologias: Artrite Reumatóide; DPOC; Doença de Alzheimer; Doença de Crohn; Doença de Parkinson; Doença Falciforme; Dor Crônica; Doença Renal; Esclerose Múltipla/Esclerose Lateral Amiotrófica; Fibrose Cística; Glaucoma; Lúpus; Epilepsia; Portadores de necessidades especiais; Transtornos Mentais; Transplantados; Acamados e/ou mobilidade reduzida.
Como ter acesso ao Ceaf
Para ter acesso ao recebimento das medicações é preciso ir até o Ceaf com o laudo, receita médica e exames assinados pelo médico que realizou o diagnóstico, assim como o RG, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS. O Ceaf funciona na Rua Oldemburgo da Silva Paranhos, 830, no Farol, das 7h30 às 16h30, de segunda a sexta. No último dia útil do mês o Ceaf fecha para balanço.
A doença de Parkinson
De acordo com o Ministério da Saúde, o Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central. Ela é causada pela redução da dopamina, substância que ajuda na realização de movimentos voluntários do corpo, com a baixa desse neurotransmissor, o controle motor do paciente fica prejudicado.
A neurologista da Sesau, Cícera Pontes, aponta que os principais sintomas da doença são tremores, lentidão motora, rigidez nas articulações e desequilíbrio. O Parkinson não tem cura e o tratamento é composto por um acompanhamento multiprofissional, com medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suportes psicológico e nutricional e atividade física para melhora da qualidade de vida dos pacientes. Alguns casos da doença podem ter a indicação de cirurgia.
“O tratamento medicamentoso ainda é o carro chefe dos pacientes de Parkinson, associados a terapias multidisciplinares e controle de um estilo saudável, contudo, em alguns pacientes é preciso à indicação cirúrgica porque quando a medicação está começando a fazer efeitos colaterais específicos e o paciente não tolera mais, então está indicado, e em especial, quando os pacientes têm os movimentos involuntários que são muito desgastantes”, explicou a neurologista.
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