Maria Bethânia dos Santos Leite, das Baianas Praieiras de Coruripe; Jorgeval Mário Lisboa Santos, do Fandango do Pontal, de Maceió; e André Barbosa Cavalcante, artesão de madeira de Boca da Mata, foram certificados como os novos mestres do Patrimônio Vivo de Alagoas. A cerimônia de diplomação ocorreu na quarta-feira (23), no Mercado das Artes 31, no bairro de Jaraguá, em Maceió, em um evento realizado pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult).
A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, expressou seu contentamento com a diplomação dos novos mestres do Patrimônio Vivo de Alagoas. “Este é um momento de grande importância para a cultura do Estado, pois cada novo mestre reconhecido reafirma o compromisso e dedicação do Governo na preservação e enaltecimento das riquezas culturais que definem a nossa identidade alagoana”, disse a secretária.
"Ao homenagear e reconhecer esses mestres, estamos honrando a tradição e a herança cultural que nos moldaram. Hoje, mais uma vez, temos a oportunidade de celebrar a trajetória e a maestria desses personagens, que são verdadeiros pilares da nossa cultura popular e responsáveis por proteger e repassar a nossa herança cultural às futuras gerações", afirmou Mellina Freitas.
O registro tem o objetivo de preservar a memória cultural e garantir a transmissão dos saberes e fazeres artísticos e culturais de Alagoas. Os recém-designados mestres agora têm o direito a uma bolsa de incentivo mensal vitalícia, equivalente a um salário mínimo e meio, em conformidade com as diretrizes da Lei Estadual 7.172/2010, e devem compartilhar seus conhecimentos com a comunidade, assegurando que as raízes culturais continuem a florescer e a inspirar.
“Esse título chega com um significado muito importante na minha vida, estou assumindo o lugar que minha mãe deixou. Me comprometo a transmitir os ensinamentos dela da mesma maneira que ela os transmitiu para mim, e que eu passei para minha filha, que agora ela compartilha com minha neta”, disse, emocionada, a Mestra Bethânia, cuja paixão foi herdada de sua mãe falecida, a Mestra Maria do Padeiro. Foi essa última que ergueu os alicerces do grupo Baianas Praieiras de Coruripe, deixando um legado que continua a se desdobrar através das gerações.
Incentivo do Estado
Jorgeval Mário Lisboa Santos, o Mestre Vavá do Fandango do Pontal, destacou em sua fala a importância de ter o incentivo do Estado. “É com imensa alegria que recebo este título, e desejo dividi-lo com todos os membros do meu grupo. A eles devo grande parte do mérito por estar diante desta conquista hoje. Quero expressar minha sincera gratidão ao Governo por este reconhecimento. Sem dúvida, afirmo que em um estado onde a cultura prospera, a história também encontra sua morada; é nossa responsabilidade ir além dos ensaios e, com o suporte adequado, propagar nosso trabalho. Recebo este título com humildade e honra, ciente da responsabilidade que ele traz”, destacou.
“Hoje, a palavra é só gratidão. Receber esse reconhecimento é um momento que enche meu coração de emoção. Quero expressar minha profunda gratidão a todos que estiveram ao meu lado ao longo dessa jornada”, disse o Mestre André da Marinheira.
Entre os presentes na solenidade estavam o secretário Executivo de Políticas Culturais e Economia Criativa, Milton Muniz; a superintendente de Patrimônio e Diversidade Cultural, Perolina Lyra; a superintendente de Políticas Culturais, Janinne Miranda; a superintendente de Cooperativismo Associativismo e Economia Solidária, Maria Carolina Gurgel; a secretária executiva de Gestão Interna da Secretaria de Governo (Segov), Adely Meireles; o presidente da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal), Ivan Barsan; o presidente da Federação das Organizações da Cultura Popular e do Artesanato Alagoano (Focuarte); além da secretária de Comunicação do município de Coruripe, Izabelle Targino; e o prefeito de Boca da Mata, Bruno Feijó.
“É com orgulho que celebramos este momento significativo na cultura de Alagoas. Reconhecemos e homenageamos os mestres Vavá, Maria Bethânia e André da Marinheira como guardiões de nosso patrimônio vivo. Eles inspiram gerações, inovando e preservando tradições em um mundo em transformação. Que este momento seja um ponto de partida para um futuro onde nossa cultura floresça sob a dedicação incansável desses mestres.”, reforçou o secretário Milton Muniz.