A 10ª edição da Bienal Internacional do Livro de Alagoas foi aberta nesta sexta-feira, 11, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, com a presença de diversas autoridades. Na cerimônia de abertura, o reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, lembrou a pausa ocorrida por causa da pandemia e ressaltou a alegria em poder reunir milhares de pessoas nesses dez dias de evento.
“É um momento de muita festa! Depois de quatro anos, a Bienal volta para a sua casa, o Centro de Convenções, nessa parceria da Universidade Federal de Alagoas com o governo do estado. Vai ser a maior festa cultural que esse estado já viu, a possibilidade de termos 400 mil pessoas transitando por aqui, então hoje é um dia muito especial”, destacou o reitor.
Tonholo ainda agradeceu a presença do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula Filho, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na solenidade: “O senhor hoje representa a luz que a gente está conseguindo enxergar com relação à educação, à ciência, à cultura, à cidadania, à pesca, no momento em que a gente retoma a Bienal depois de tanta tristeza para a cultura nacional”.
O ministro compartilhou o sentimento de comemoração pela retomada da Bienal em Alagoas. “O Brasil voltou, a cultura voltou, o apagão acabou. São novos tempos, a gente respira um novo tempo. Isso é um conjunto de políticas que eram abandonadas, esquecidas e não eram mais prioridade. [...] Vamos esquecer o que foi ruim, vamos pensar no futuro. O Brasil voltou, a cultura voltou”, reforçou.
Esta edição da Bienal do Livro de Alagoas é uma realização conjunta da Ufal e do governo de Alagoas. Para o vice-governador Ronaldo Lessa, a Universidade com seus investimentos na promoção da ciência e da tecnologia tem um papel fundamental na realização da Bienal de Alagoas. “Não há Bienal se não for vocês. O papel do estado é apenas reconhecer que tem a obrigação de fazê-lo com a Universidade. Mas é cada um dos alagoanos e companheiros de outras partes do Brasil e até do estrangeiro que fazem a Bienal”.
Presente também na solenidade de abertura da Bienal, a cônsul geral da Argentina em Recife, Julieta Grande, agradeceu a honra da Argentina ter sido escolhida como país homenageado, por conta da trajetória na educação e da luta democrática, um cenário propício para os países estreitarem os laços culturais.
Dez anos de história
Os números da Bienal Internacional do Livro de Alagoas são grandiosos. Para esta edição, é esperada a movimentação de cerca de R$ 5 milhões em vendas. A reitora honorária da Ufal, Ana Dayse Dorea, e a organizadora da Bienal, Sheila Maluf, lembram ainda da primeira edição, ocorrida no Clube Fênix Alagoana. “Me lembro da gente discutindo como iria ser, na época eu era vice-reitora da Universidade, e nós, então, começamos a pensar não em uma feira de livros, a gente queria algo mais. E aí, pensamos que poderia ser, exatamente, uma Bienal”, lembrou Ana Dayse.
“Agora, as expectativas são as melhores possíveis e essa Bienal foi preparada com muito carinho para marcar a volta pós-pandemia. Ela foi pensada em detalhes para trazer a magia e o encanto do mundo da leitura aos leitores”, completou Sheila Maluf.
E diante de tamanho empenho, a vice-reitora da Ufal, Eliane Cavalcanti, faz um convite à população. “Após um processo mundial que a gente passou, de saúde pública, a gente conseguir fazer uma Bienal aberta ao público, gratuita, então, o que a gente está pedindo é que a população venha, participe, conheça cada espaço, conheça cada estande, incentive mais a leitura. Ler permite que você imagine e imaginar torna a vida da gente melhor. A Universidade abre as portas e entrega à sociedade alagoana mais um evento desse porte e solicita que todos participem. É para o povo que a gente faz!”, finalizou a vice-reitora.