O diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva, anunciou o início da segunda etapa do trabalho de titulação de propriedades que, durante a primeira edição do Projeto Governo Trabalhando, realizada no município de Delmiro Gouveia, em maio deste ano, possibilitou a entrega de 97 títulos de propriedade aos pequenos produtores do Assentamento Juá I, localizado na cidade do Alto Sertão.
Em reunião realizada com os agricultores familiares de Juá II - comunidade vizinha - na tarde de quinta-feira (6), o representante do órgão de terras do estado comunicou a iniciação dos processos de cadastro e georreferenciamento da área de pouco mais de mil hectares, habitada por cerca de 150 famílias.
“Atender a esta antiga demanda era um compromisso do governador Paulo Dantas e da secretária de Agricultura, Carla Dantas, no sentido de assegurar que os homens e mulheres que aqui estão tenham o direito à propriedade assegurado e passem a contar com políticas públicas e a possibilidade da abertura de linhas de crédito, para a realização de investimentos e compras de máquinas e materiais. O que significa o bem-estar das famílias e mais progresso e desenvolvimento para as áreas rurais”, afirmou.
Durante a cerimônia de abertura do Governo Trabalhando, a presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário do Distrito de São Sebastião (antigo “Caixão”) entregou nas mãos do governador Paulo Dantas um documento solicitando que os agricultores familiares, que há décadas vivem na comunidade Juá ll, também fossem assistidos. Hoje, ao se deparar com o começo da materialização de um antigo sonho, “Dona Lili”, como é conhecida na região, não pôde conter a emoção. “Vivemos nessa comunidade há muitos anos e daqui tiramos o nosso sustento. A garantia da propriedade significa muito. É o futuro dos nossos filhos. O título da terra representa segurança”, disse, em tom de alívio.
De responsabilidade do Iteral, o processo que leva a titulação das propriedades situadas em assentamentos rurais envolve o cadastro dos agricultores familiares em condição de vulnerabilidade socioeconômica, o trabalho de georreferenciamento das áreas ocupadas pelos pequenos produtores e, por fim, a emissão dos documentos que garantem segurança jurídica aos trabalhadores do campo, além da possibilidade de acesso a políticas públicas e a abertura de linhas de crédito.