Internado na Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), em Maceió, desde que nasceu, Samuel Araújo será submetido a cirurgia de Coarctação de Aorta, que consiste em uma obstrução parcial da passagem do sangue na artéria aorta.
Conforme a equipe médica que o atendeu, devido à existência de uma obstrução após o bombeamento do sangue, o coração vai se enfraquecendo e engrossando sua parede muscular, com o intuito de tentar vencer a dificuldade que o sangue tem para passar na aorta.
Ainda conforme a equipe médica que o atendeu, a cardiopatia congênita é uma anomalia em que o bebê já nasceu com ela, caracterizada por erro na formação do coração, que tem quatro cavidades e de cada uma sai uma grande artéria, sendo uma ligada ao pulmão e outra ao resto do corpo. Já a interrupção do arco aórtico, informaram os cardiopediatras, consiste em uma obstrução total da passagem do sangue na artéria aorta, principal artéria do corpo humano e que emerge do ventrículo esquerdo, cuja função é bombear o sangue oxigenado do coração para todas as células.
Além da equipe do Programa Estadual de Cardiopediatria, o traslado de Alagoas para São Paulo foi acompanhado pela mãe do bebê, Waléria Araújo, de 26 anos. Ela reside no município de Campo Alegre, no Agreste de Alagoas, distante 89 km de Maceió. Além do pequeno Samuel, a dona de casa é mãe de outros três filhos, que aguardam ansiosos pela recuperação do bebê.
Força-tarefa pela vida
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, reforçou a importância do trabalho conjunto de várias equipes da Sesau para assegurar a transferência da criança até São Paulo. “Desde que fomos informados do caso, estamos empenhados na transferência do pequeno Samuel. Sabemos da urgência e gravidade do caso e, por isso, foi montada uma força-tarefa pela vida, prestando toda a assistência necessária à família. Agora vamos torcer para a recuperação do bebê”, declarou.
Ainda de acordo com o gestor da saúde estadual, para prestar assistência qualificada ao pequeno Samuel Araújo, foi mobilizada uma equipe especializada em cardiopediatria, coordenada pelo cardiologista José Wanderley Neto. “A cirurgia é delicada e exige condições especiais para sua realização. Por isso a necessidade de estabilizar o paciente, para que ele estivesse em condições de ser levado de Alagoas para São Paulo”, salientou.