O Ministério da Saúde ampliou o público-alvo das vacinas meningocócica ACWY (contra meningite) e HPV quadrivalente (contra o papilomavírus humano – HPV). Os Municípios devem ficar atentos às alterações para vacinação nas cidades.
A partir de setembro, a vacina meningocócica ACWY passa a ser ofertada – temporariamente – para adolescentes ainda não vacinados de 11 a 14 anos. No Calendário Nacional de Vacinação, o imunizante tradicionalmente é disponibilizado para adolescentes de 11 e 12 anos. Porém, até junho de 2023, será ofertado também às pessoas não vacinadas de 13 e 14 anos com o objetivo de reduzir o número de portadores da bactéria na nasofaringe.
De acordo com o Ministério, doses da vacina contra a meningite meningocócica são distribuídas mensalmente aos Estados – que têm a missão de repassá-las aos Municípios. A indicação é tomar uma dose ou reforço, conforme a situação vacinal. A faixa etária com maior risco de adoecimento são as crianças menores de um ano de idade, no entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença.
Além disso, a pasta esclarece que pesquisas apontam que as vacinas meningocócicas demonstram uma resposta imune mais robusta nos adolescentes, com persistência de anticorpos protetores por um prolongado período. Essas evidências embasaram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) a incluir no Calendário Nacional de Imunizações a administração de doses de reforço com as vacinas meningocócicas conjugadas na adolescência.
Vacina contra o HPV
A partir de agora, com a inclusão de meninos de 9 e 10 anos, todos na faixa etária de 9 a 14 anos – independentemente do sexo – poderão tomar a vacina contra o HPV. Antes, apenas meninas dessa faixa etária eram vacinadas nas Unidades de Saúde dos Municípios, além de meninos de 11 a 14 anos e pessoas imunossuprimidas, de 9 a 45 anos, vivendo com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
A vacinação contra o HPV em adolescentes é aplicada em mais de 100 países. Em vários deles já há estudos de impacto dessa estratégia com resultados positivos na prevenção e na redução das doenças ocasionadas pelo vírus, como câncer do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe.
A vacina que protege contra o Papilomavírus Humano (HPV) foi incorporada de forma escalonada ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2014. É estimado que o Brasil possua de 9 a 10 milhões de infectados pelo HPV e que surjam, a cada ano, 700 mil novos casos da infecção. Cerca de 105 milhões de pessoas são positivas para o HPV 16 ou 18 no mundo.
ama-al