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03/06/2022 às 10h20min - Atualizada em 03/06/2022 às 10h20min

Em União dos Palmares, prefeito se recusa a obedecer Lei Federal sobre aumento salarial para professores da rede municipal

Os professores de União dos Palmares, cidade da Zona da Mata alagoana, sofrem com a defasagem salarial e com o descaso do poder público municipal em aplicar o devido reajuste, já que se trata do piso estabelecido pela em Portaria publicada pelo Governo Federal em 04 de fevereiro de 2022, alterando a Lei do Piso, de 2008, determinando aumento de 33,24%, elevando o piso salarial dos professores do Magistério Público da Educação Básica para R$ 3.845,63.

Desde então, uma verdadeira batalha foi iniciada com a Secretaria de Educação e com o prefeito de União, Areski de Freitas. A classe vem reivindicando o seu direito ao reajuste salarial, mas sem sucesso. Uma vez que o chefe do executivo local determinou o limite de aumento em 10,06%, prontamente recusado pelos profissionais da Educação. Assim, Kil, como é conhecido o prefeito, disse encerrar as negociações com os docentes.

Em entrevista exclusiva, conversamos com a professora e presidente da Comissão Municipal de Educação de União dos Palmares, Mary Pereira de Moraes Vila Nova. A Comissão foi criada em 13 de novembro  2019 em audiência pública da Câmara Municipal de União.

Sobre a luta da classe pelo direito já assegurado por Lei, Mary falou como iniciou o processo.

“Reinvidicamos o aumento de 33,24 (Piso Nacional dos Professores), no Plano de Cargos e Carreira. Segundo os cálculos do Sinteal os professores estão com uma defasagem de 60% em seus salários. A aplicação do piso não irá sanar esse problema, mas, amenizar esse déficit”, disse a líder.

Visto que o diálogo com a Prefeitura de União dos Palmares, na pessoa do prefeito Kil, não manifesta boa vontade em acatar uma decisão Federal, perguntamos como está o diálogo com o executivo.

“O Sinteal tem se reunido com a Secretária de Educação, que por sua vez, apresentou a contraproposta de 10.06%. A categoria se reuniu em assembleia do Sinteal e rejeitou a proposta do governo. Esse percentual é irrisório diante da defasagem acumulada durante anos. Na última assembleia realizada no dia 30 de maio, às 10hs, na sede do Sinteal, fomos informados pela Presidente Flávia Alexandre que a Secretária informou que o percentual de 10,06% será pago em junho, mesmo sendo rejeitada pela categoria. Dessa forma, foi sinalizado por parte do governo o fim das negociações”, acrescentou.

 

A presidente da Comissão Municipal de Educação de União dos Palmares foi enfática quando questionada sore os próximos passos do movimento dos docentes de União em busca dos seus direitos assegurados por Lei.

“Continuaremos com a nossa luta. Hoje, fizemos uma paralisação de advertência de 24 horas, conforme decidido em assembleia. Neste dia, fizemos protestos em frente a prefeitura, com panfletagem, faixas e carro de som. Em seguida nos direcionamos a Secretaria Municipal de Educação, onde na oportunidade usamos a palavra com a presença da Secretária de Educação. Pedimos para que ela nos recebesse, mas, não tivemos êxito”, finalizou Mary.

Deixamos o espaço aberto para o prefeito Kil e a Secretaria de Educação de União dos Palmares, para que possam manifestar a sua versão sobre o caso. Mas enfatizamos, em opinião do Portal, que a Lei está para ser cumprida e que, um país sem valorização da classe educadora, não terá um futuro melhor.






















ahoralagoas.com


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