Em parceria com a Fundação Fiocruz e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), a Prefeitura de Maceió vai promover uma semana de mobilização para vacinação de pessoas em situação de rua contra a Covid-19. A campanha vai acontecer entre os dias 2 e 6 de maio para fazer a busca ativa desta população visando à conclusão do esquema vacinal.
A previsão é de que, após o mapeamento e identificação, já na semana seguinte, as equipes estabeleçam um cronograma para vacinar estas pessoas com as doses que restam do ciclo.
Dados fornecidos pelo programa de imunização de Maceió indicam que 1.559 pessoas em situação de rua foram vacinadas com a primeira dose e 1.245 com a segunda. Já outros 804 estariam aptos a receber o imunizante.
O assessor especial de Políticas Sociais da Secretaria Municipal de Governo, Fábio Rogério, explicou que a gestão está inserida neste contexto com representantes de várias pastas, todos trabalhando de forma integrada em benefício da população em situação de rua na capital, a exemplo das equipes do Consultório na Rua.
“O objetivo da reunião foi discutir estratégias para busca ativa das pessoas em situação de rua para que completem o ciclo vacinal contra a Covid-19. Tivemos um sucesso da primeira dose, mas sentimos dificuldades nas doses seguintes”, destacou Fábio Rogério.
Segundo ele, a dinâmica a ser adotada é a de aproximar aqueles que estão em casas de passagem, que abrigam pessoas em vulnerabilidade social, e nos pontos em que, geralmente, este público fica, como a região central da cidade, no Benedito Bentes, a orla na Praia da Avenida, em Jaraguá.
A assessora técnica do Cosems/AL, Larissa Guimarães, explica que há uma comunidade criada pela Fiocruz para partilhar práticas bem sucedidas em cada estado em prol da população em situação de rua dentro do contexto da pandemia da Covid-19. E a Prefeitura de Maceió integra este grupo.
“Este é o quinto encontro, o primeiro presencial, onde são discutidas algumas problemáticas e elencando as prioridades para serem trabalhadas em busca da melhoria da assistência em saúde deste público. Uma delas é o baixo índice dos que completaram o ciclo vacinal. A maioria só tomou a primeira dose”, ressaltou.
Ela completa que o grupo já identificou que boa parte da população de rua ficou temerosa em voltar aos postos de vacinação por sentirem reações adversas com a primeira dose da Astrazeneca. Muitos deles fizeram este relato às equipes do Consultório na Rua.
“Avançamos bastante na discussão e criamos o cronograma. Agora, vamos executá-lo e pretendemos levar as práticas bem sucedidas daqui, no contexto da Covid-19, para outras localidades do País agora no mês de maio”, revela Larissa Guimarães.