Dos 102 municípios alagoanos, 18 responderam a pesquisa da CNM. Além da falta de vacinas, um município informou que há risco iminente de falta de kit intubação. Doze cidades informaram que já começaram ou começarão esta semana a vacinar grávidas e puérperas. Cinco disseram que não começaram esta fase, e uma não respondeu.
Em todo o País, mais de mil municípios relataram a falta de vacina para imunizar a população contra a Covid-19 nesta semana. Participaram do levantamento, realizado entre os dias 17 e 20 de maio, 3.287 municípios. Entre as cidades que declararam enfrentar esse problema, a falta de vacinas para a segunda dose atingiu 79,3%. Já 39,9% dos municípios não conseguiram aplicar a primeira dose no grupo prioritário.
Segundo a pesquisa, a falta da segunda dose da Butantan/Coronavac foi informada por 87,9% dos municípios, e da Fiocruz/Astrazeneca faltou em 11,5%. Analisando os dados sobre a falta de vacinas nesta semana por tamanho de município, identificou-se que a falta se dá de forma uniforme em cidades de pequeno e médio portes, ambos com 31%. Em grandes cidades esse percentual cai para 15%.
Sobre a vacinação com o imunizante da Pfizer, a CNM questionou se os municípios possuem câmaras frias próprias e/ou de terceiros para armazenar as vacinas. Em 44,2% dos municípios há meio correto para o armazenamento, enquanto 39,6% declararam que não possuem estes equipamentos. Importante destacar que a vacina é atualmente distribuída apenas para capitais, em decorrência da indicação de que o imunizante precisaria ser armazenado em refrigeração de -70ºC ou em geladeira comum por até cinco dias.
No entanto, nesta semana, as recomendações de armazenamento da vacina Pfizer/Biontech foram modificadas pela Foods and Drugs Agency (FDA). Com a alteração, eles podem ser mantidos na própria geladeira, à temperatura de 2 a 8 Celsius, pelo período de um mês. A CNM demonstra otimismo com a mudança e aguarda nota oficial da Anvisa sobre o assunto, uma vez que a manutenção das vacinas em temperaturas muito refrigeradas sempre foi um desafio para a distribuição dos imunizantes aos municípios do interior do Brasil.
Gestantes e puérperas
A pesquisa também aponta que 75,3% dos municípios pesquisados já iniciou a vacinação de grávidas e puérperas. No entanto, em decorrência da recomendação da Anvisa e do Ministério da Saúde, 34,3% das cidades afirmaram que interromperam a vacinação desse público.
Medidas restritivas
Mais de 60% dos municípios pesquisados ainda estão adotando medidas restritivas, como fechamento de serviços não essenciais e outras ações. Em 22,8%, não houve esse tipo de medida nesta semana.