O novo coronavírus, que já matou mais de 250 pessoas no Brasil, sendo 3 mil mortes em Alagoas, desenvolveu novas variações e segue desafiando cientistas e a comunidade médica em todo o mundo.
Até o momento, há registro de, pelo menos, três variações do vírus que causa a Covid-19.
A infectologista Sarah Dominique explicou como se dão essas mutações.
"O vírus da Covid-19 é muito simples e habilidoso. Ele tem capacidade de adquirir mutações e o que está tentando fazer e, conseguindo de forma perspicaz, é ganhar força para entrar na célula e se multiplicar. As mutações do vírus conhecidas comungam de formas idênticas e a cepa do Brasil, já reconhecida como uma cepa nova no mundo, é muito semelhante à cepa da África. O vírus tem um poder de adaptação muito maior que o nosso e só quer uma coisa: entrar na célula e se multiplicar", detalhou.
"Como parte da população já desenvolveu anticorpo por adoecimento coletivo e também pela vacina, o sistema imunológico reconhece o vírus e impede que ele entre na célula. Agora o vírus desenvolveu a capacidade dessa proteína se multiplicar", acrescentou.
A infectologista também falou sobre o papel da vacinação para minimizar os números de casos e óbitos causados pela doença. "A vacina é a única medicação que realmente vai impedir que tenhamos a forma grave da doença. A vacina não impede que a pessoa adoeça 100%, o efeito é atuar de maneira que não superlote hospitais e que a mortalidade reduza", ressaltou.
Sarah Dominique frisou ainda que o cenário em Alagoas, por ora, segue melhor que estados vizinhos, mas que a contribuição da população é fundamental para o controle da pandemia no estado.
"A orientação é aproveitar o momento de controle e preservar o idoso, além de evitar aglomerações", disse a infectologista ao pedir bom senso e apelar para que a população promova o "bem coletivo".
As informações são do Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara / Record TV