15/04/2020 às 13h11min - Atualizada em 15/04/2020 às 13h11min
Governo de AL anuncia regulamentação do uso da cloroquina para combater a covid-19
internet O governador Renan Filho (MDB) anunciou pelas redes sociais, na noite dessa terça-feira, 14, a regulamentação do uso da substância cloroquina para combater o coronavírus em pacientes com covid-19. A decisão foi oficializada nesta quarta, 15, depois da divulgação da portaria no Diário Oficial do Estado de Alagoas (DOE).
De acordo com o gestor, o Estado disponibilizará a medicação e a prescrição será decidida pelos médicos. "Na batalha utilizamos armas disponíveis e nosso inimigo é o vírus", finalizou a postagem.
Apesar das avaliações possíveis para o tratamento do vírus, ainda não existe uma substância específica que resulte na cura da doença, porém conforme destacado a partir da página 20 do DOE, evidências científicas apontam um impacto favorável na evolução da covid-19 quando há o uso da cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com quadros leves, moderados e graves.
Ainda segundo a portaria nº 3264/Sesau, a medicação deverá ser aplicada num período de cinco dias. O paciente que decidir pelo tratamento precisará assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que vai conter as informações sobre o procedimento, os efeitos colaterais e o provável resultado da medida. O médico responsável pelo tratamento também deverá assinar o TCLE.
BAIXE AQUI O DOE DE 15 DE ABRIL DE 2020
Hidroxicloroquina
Testada com aparente sucesso em diversos ensaios clínicos na China e na França, o medicamento tem a vantagem de já ser aprovado para uso em seres humanos há décadas, sendo produzido em quantidades apreciáveis para tratar malária e doenças autoimunes (nas quais o organismo se volta contra si mesmo), como artrite reumatoide e lúpus. O uso indiscriminado contra a Covid-19 também traz a preocupação de que o medicamento acabe faltando para pessoas com essas doenças.
Já se sabe que a substância é capaz de modular o sistema de defesa do organismo, o que poderia ajudar o organismo a combater o vírus sem reagir a ele de maneira desmedida, o que também pode ser um problema. Também há indícios de que ela dificultaria a entrada do vírus nas células humanas.
Em alguns testes, a hidroxicloroquina foi usada em combinação com o antibiótico azitromicina, que ajudaria a impedir que bactérias já presentes no organismo se aproveitassem da debilidade causada pelo vírus para agravar a pneumonia sofrida pelo paciente.
Alguns testes, porém, não mostraram grandes benefícios do uso se comparado ao tratamento padrão ou com medicamentos antivirais, dependendo do estágio da doença em que o remédio é administrado.
Efeitos colaterais e contraindicações
Pacientes com problemas de coração, psoríase e diabetes devem ter cuidado com o uso. Os efeitos colaterais podem incluir náuseas, diarreia, vômitos e dores de cabeça. Também pode afetar a retina com o uso crônico (de longo prazo).
fonte/tnh1.com.br