A conclusão de um ciclo vale para muita gente como uma realização de um sonho ou um novo começo para outras trajetórias. É assim que os estudantes das turmas 2019 e 2021, que passaram por um período turbulento da pandemia e concluíram os cursos do Núcleo de Línguas Estrangeiras, da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Maceió, se sentem com a certificação e profissionalização depois de anos de estudo.
É o caso da Rosângela Lourenço, de 54 anos. Ela contou que gostava muito de inglês, mas nunca tinha tempo porque cuidava dos filhos pequenos. Depois que os filhos cresceram e ingressaram na faculdade, Rosângela conseguiu fazer o curso de idiomas. Hoje ela pensa em cursar o superior em inglês.
Ela também relatou que se interessou no idioma porque via o seu patrão do trabalho falando em inglês e sendo fluente na língua. "Eu achava muito bonito e eu gostei muito. Me interessei na hora e queria muito aprender", disse.
No curso, Rosângela aprendeu a ler legendas em inglês e a ver filmes sem legendas, a ouvir músicas e entender as letras das composições. "A maioria dos filmes eu consigo entender. 98% eu acho que consigo."
"O professor Jeff também teve muita paciência, porque com uma certa idade a gente tem mais dificuldade, e ele foi super paciente comigo, ensinou e eu gostei muito. Eu até ensinei para minha filha que cursa o superior em direito. Ela disse que foi por causa disso que também se interessou em fazer o curso", concluiu a aluna.
A solenidade de formatura dos estudantes do polo Jacintinho do Núcleo de Línguas foi realizada no dia 5 de agosto, no auditório Paulo Freire, na Semed. Estavam presentes os estudantes, professores, secretários, coordenadores e familiares dos estudantes.
Uma delas é a Sandra dos Santos, dona de casa e mãe de três filhos. Keila Rebeca, de 16 anos, concluiu o curso no Núcleo de Línguas e estava com a mãe, a Sandra, para receber o certificado. Ambas estavam emocionadas com a conquista.
"Quando eu inscrevi minha filha eu vi que é uma língua muito importante, porque é muito importante tanto pra vida quanto pra trabalho. É um idioma pra vida toda. Eu penso muito nisso porque vai ajudá-los no futuro", disse Sandra.
Keila concordou com a mãe e comemorou com o certificado em mãos. Ela relatou que o curso ajudou muito sua trajetória na escola porque as notas em outras disciplinas aumentaram. "Hoje eu consigo entender melhor o inglês. Consigo também ensinar meus amigos. O curso representa muita coisa para mim, além de ser uma linguagem mundial e que serve muito hoje em dia", afirmou a estudante.
Marcos Bezerra, 61 anos, funcionário público, foi outro estudante do núcleo símbolo de resistência por ser um dos alunos mais velhos da turma 2019 de francês.
"Eu fiz o curso para ter mais conhecimento de outra língua. Eu sempre tive o interesse de aprender. Gostei muito do curso de francês porque é uma língua muito bonita e chamativa. E quero aprender mais e mais", disse seu Marcos, em celebração à sua conquista.
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